Vereadores formalizarão no MP pedido de afastamento do diretor do Hosmac acusado de assédio sexual

Denunciado por assédio sexual e moral contra funcionárias do Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac), o diretor da unidade Halisson Oliveira, terá um pedido de afastamento formalizado na Secretaria de Saúde (Sesacre) e no Ministério Público do Acre (MPAC).

A informação foi dada pela vereadora Lene Petecão (PSD) nesta quinta-feira (16). Acompanhada do vereador Adailton Cruz (PSB), que foi quem levou a denúncia à Câmara, ela irá entregar nas mãos da secretária Paula Mariano e na promotoria do Ministério Público um pedido de afastamento do gestor.

“Como pode, um hospital de saúde mental ter um possível assediador e um homem que persegue as pessoas? Então aqui comunico que amanhã nós vamos fazer uma representação na Sesacre para afastar aquele cidadão, pois ele tem causado traumas não só nas mulheres que foram assediadas por ele, mas nos funcionários que sabe o que está acontecendo. Na calada da noite assediando profissionais”, justificou.

A denúncia

A denuncia foi feita no dia 5 de agosto na tribuna da Câmara. “Denúncias, inclusive, de que estariam ocorrendo atos sexuais dentro da sala da direção daquela unidade. Nós vamos encaminhar a denúncia à Secretaria de Saúde e ao Ministério Público, não sei se e verdade, mas é algo muito grave”, especificou o vereador.

Além do assédio sexual, existe também denúncia de assédio moral. Cruz diz que conhece o diretor da instituição e “até onde sei é uma pessoa de boa índole e caráter”, mas afirma que a gravidade da denúncia não o deixa calar.

“Esse tema não pode mais ser um problema para nós. Essa questão de assédio sexual já está saturada, o gestor público tem que ter a o compromisso ético e moral de trabalhar em prol da população, essas maledicências têm que ser abominadas, tem que ser extinta do serviço público e quem faz, tem que pagar com a prisão”, asseverou o vereador.

Por conta disso, Halisson Lima teria sido inclusive ameaçado de morte por um ex-marido de uma das servidoras com a qual ele vem se relacionado. O ex-marido da mulher seria um policial penal que foi ao Hospital armado e dizendo que se encontrasse o diretor o mataria. De acordo com a denúncia, neste dia o diretor não estava no local.

Diretor nega

Ao ContilNet, Halisson Lima negou todas as acusações e confirmou que, de fato, está namorando uma servidora do hospital e sua subordinada, a qual seria de fato ex-mulher do policial penal. “Mas isso não tem nada a ver com o trabalho. É minha vida privada, do portão para fora. Aqui dentro, nos tratamos profissionalmente”, disse o diretor.

Segundo ele, as denúncias fazem parte de ataques de servidores incomodados com as mudanças que ele vem implementando na instituição. “Mudamos a rotina do hospital e isso tem incomodado algumas pessoas. Eu estou de consciência tranquila”, disse.

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