19 de abril de 2024

“A federação que defendemos tem um propósito estratégico, não será um arranjo eleitoral” diz Edvaldo Magalhães sobre união de PT, PSB e PCdoB

União

Muito tem se falado nos últimos meses em uma possível união de partidos de esquerda e de centro em uma federação partidária para disputarem juntos as eleições deste ano. PT, PSB e PCdoB são os protagonistas dessa discussão, mas outros partidos como PV e Psol não estão descartados na junção.

Caminhando

Uma das principais lideranças do PCdoB no Acre, o deputado estadual Edvaldo Magalhães disse à coluna que o debate em torno da federação está “caminhando”. De acordo com Magalhães, “os tropeços noticiados fazem parte do processo de construção. O pano de fundo é a busca estratégica de consolidar um núcleo de governança de centro-esquerda, capaz de dar sustentação necessária ao futuro governo”.

Tropeços

Os tropeços ao qual o deputado se refere são principalmente os embates entre PT e PSB no que tange ao protagonismo das siglas em alguns estados, inclusive o Acre. O PSB exige que a candidatura ao Governo em estados como São Paulo, Pernambuco, Espírito Santo e Acre sejam socialistas. O PT também quer ter candidato em alguns desses estados. Com a federação constituída, alguém tem que ceder, já que não há possibilidade de haver duas candidaturas advindas de uma mesma federação.

Acre

O Acre não chega a ser um problema nessas exigências do PSB, já que o deputado estadual Jenilson Leite (PSB) é pré-candidato ao Governo, enquanto Jorge Viana (PT) tende a disputar o Senado. Mesmo que haja uma inversão da disputa, a dupla muito provavelmente será a dobradinha da federação para os cargos majoritários.

Passado

Apesar da empolgação com a federação, o deputado faz um alerta:  é necessário “apreender com as dificuldades do passado, pra não ficar refém das forças conservadoras. Esse é o propósito”. A preocupação de Edvaldo é um reflexo dos problemas políticos que alianças com adversários históricos, por causa da tal governabilidade, causaram aos governos Lula e Dilma. “O trabalho de reconstrução do país será árduo e precisará juntar amplas forças, lideradas pela corrente mais avançada de um campo político comprometido com ele. Com um programa de desenvolvimento nacional, distribuidor de renda e capaz de incluir milhões no orçamento”, disse.

Propósito

À coluna, Edvaldo foi enfático quando falou sobre o propósito da federação. “A federação que defendemos tem um propósito estratégico. Não será um arranjo eleitoral. Será a construção de um novo movimento político no Brasil, capaz de juntar forças partidárias que pensam de forma distinta em vários aspectos, mas que são capazes de se juntar em torno de um programa comum, de reconstrução nacional”, finalizou.

Encontro de petistas

Por falar em partidos de esquerda, o ex-senador Jorge Viana (PT) está em São Paulo onde se encontrou com o ex-presidente Lula (PT). Nas redes sociais, JV disse que saiu do encontro mais animado do que chegou. É o efeito Lula.

Emaranhado

Uma nota emitida pelos advogados do governador Gladson Cameli (PP) nesta terça-feira (4) deu o que falar. Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso dizem que as investigações contra o chefe do Executivo estadual, decorrentes da operação Ptolomeu, da Polícia Federal, são um “emaranhado de assuntos desconexos”.

Apenas suspeitas

Na nota, os advogados dizem que “apenas suspeitas são lançadas, nenhuma imputação de crime realizada. São apenas ilações desconexas que, com o devido respeito, não poderiam justificar a realização de medidas invasivas como a busca e apreensão e o bloqueio de bens”.

Licitude

Ainda de acordo com os advogados, “todas as suas (do governador Gladson Cameli) movimentações financeiras são lícitas e o seu patrimônio tem origem conhecida, seja no âmbito privado, seja na renda auferida em razão das funções públicas ocupadas”.

Recurso

Diante dos argumentos apresentados, a dupla disse que irá “apresentar o recurso cabível e confia que a decisão será objeto de revisão. Apesar de discordar veementemente do que consta na investigação, a defesa vem expressar que confia plenamente no Poder Judiciário e nas instituições republicanas”.

Mudança de postura

Pelo conteúdo da nota é possível avaliar uma mudança de postura do governador com relação à operação e sua investigação. Se desde o início do imbróglio o governador só dizia que iria esperar que a Justiça esclarecesse tudo, enquanto levava porrada dos seus adversários, agora parece que o jogo tá virando. O governador e sua equipe jurídica vão atrás de provar que ele está limpo nessa história toda.

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