“As fake news tomam maior lugar do que as verdades”, diz médica sobre vacinação infantil no AC

Em conferência do Núcleo Telessaúde Acre ocorrido na última segunda-feira (14), a médica pediatra e alergista Alexsandra Magalhães explicou sobre os empecilhos que contribuem para que a vacinação infantil não esteja caminhando da forma como deveria. Um dos pontos ressaltados pela médica foi sobre o receio que os pais têm ao receber informações inverídicas na mídia.

Ela comentou, em diálogo com o médico Osvaldo Leal, que é ideal conversar em linguagem popular para com estas pessoas, e focar no objetivo de esclarecer que as vacinas possuem estudos, e que estes comprovam a eficácia para com a Covid-19 e descartam efeitos colaterais graves.

“A gente tem que começar a falar na linguagem popular, sair um pouco da linguagem científica, passar para a população o que está comprovado, das 8 milhões de crianças que se vacinaram e estão bem. Tem muitas crianças adoecendo de Covid e a gente não sabe como elas vão evoluir, se vão evoluir para síndrome respiratória grave. Nós precisamos estar abertos a responder as perguntas pois as fake news tomam maior proporção e tomam maior lugar na mídia do que as verdades”, frisou.

Palestra foi transmitida no canal do Telessaúde Acre, no Youtube. Foto: Reprodução/Telessaúde Acre.

Além disto, a profissional falou que os questionamentos mais frequentes são se a vacina, principalmente da Pfizer, vai modificar alguma coisa na célula do filho ou se vai mudar o genoma da criança; além da miocardite, que é uma inflamação no músculo cardíaco responsável direto por bombear sangue para os órgãos.

No entanto, ela esclareceu que os riscos são muito baixos e que os benefícios da vacina se sobressaem aos dos efeitos colaterais que, segundo os estudos, não deixam sequelas na criança – diferentemente da Covid.

“A maior preocupação é da vacina da Pfizer, e da miocardite que nós acabamos explicando que se acontecer, tem que ficar observando. Todas as vacinas causam efeitos adversos, mas nenhum efeito deixou sequela. Os estudos mostraram isso, diferente da doença. O risco da miocardite existe, mas se colocar na balança, é muito pouco. E ele não deixa sequelas”, complementou.

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