Maior espécie de sucuri do Brasil é flagrada atacando ave dentro de lagoa em Bonito; veja fotos

Uma sucuri-verde (eunectes murinus) foi flagrada após dar o bote em uma marreca-cabocla em uma lagoa de Bonito (MS), a 297 km de Campo Grande. Os registros foram feitos pelo fotógrafo Daniel De Granville, que ficou cerca de 30 minutos observando o animal em seu processo de alimentação.

De Granville conta que estava em seu escritório quando o proprietário de uma pousada da região o contatou.

 

“Ele me ligou avisando que uma sucuri, na área de mata da propriedade deles, havia pego uma marreca. Eu fiquei sem esperanças de conseguir fazer as fotos, pois ainda tinha que ir até minha casa de bicicleta, buscar a câmera e depois subir até a pousada, um percurso de alguns quilômetros”, cita.

Mesmo sem expectativas, o fotógrafo investiu na aventura e foi até o local em que a cobra estava. Para a alegria dele, o animal ainda estava lá e o momento rendeu fotos impressionantes.

 

“Felizmente deu tempo de fazer esse rolê todo e ainda tirar umas fotos antes que a sucuri se escondesse na vegetação ao redor da lagoa para finalizar sua refeição”, celebra De Granville. 

Os registros foram compartilhados, nesta segunda-feira (28), quando o fotógrafo observava o seu acervo. “Resgatei ela agora ao separar as imagens para uma publicação que deve sair dentro de alguns meses”, conta.

Cobra permaneceu mais de trinta minutos até desaparecer pela lagoa com sua presa. — Foto: ArquivoPessoal

Cobra permaneceu mais de trinta minutos até desaparecer pela lagoa com sua presa. — Foto: ArquivoPessoal

 

A maior das sucuris

 

A sucuri-verde é a maior espécie entre as sucuris. O biólogo José Milton Longo explica que este tipo de cobra vive em áreas alagadas e que se alimenta de diversos tipos de animais, desde larvas a capivaras, aves e até animais domésticos.

 

“Deslocam as mandíbulas, tem todo um processo fisiológico adaptado ao longo do processo evolutivo, que permite engolir animais maiores do que a própria cabeça”.

Longo comenta que o processo de alimentação é demorado e é um momento em que o réptil se encontra vulnerável. Por essa razão, são esses instantes em que elas costumam ser covardemente atacadas.

 

“Homens são os principais responsáveis por matarem muitas cobras, muitas sucuris, ou então fazer perturbações quando elas estão comendo. Aí tem aquele regurgito da presa”, explica o biólogo. 

O risco foi avaliado pelo fotógrafo Daniel De Granville, que tomou os cuidados necessários para não atrapalhar a refeição do animal. “Eu evitei me aproximar muito pra não perturbar a sucuri, então usei uma teleobjetiva, que é mais difícil ainda de trabalhar nestas situações de pouca luminosidade”, comenta.

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