Faleceu, na noite desta terça-feira (15), no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, o empresário do setor agropecuário Duarte José do Couto Neto, aos 71 anos. Natural de Tarauacá, era um homem do mundo, um visionário do agronegócio.
Defendia que o Acre deveria sair da sociedade extrativista para a produção em escala, na carne bovina e na produção de grãos. Isso, numa época em que o discurso social para a Amazônia, era a busca pela economia baseada em bens extraídos da floresta, uma atividade coletora.
Foi a partir deste discurso que empresário travou conhecimento com outro acreano polêmico, o médico cardiologista Enéias Carneiro, que ficaria famoso, na campanha eleitoral de 1990, para a Presidência da República, sob o bordão, em 17 segundos do horário da propaganda eleitoral, dando conta de que seu nome era Enéias.
Ambos defendiam que o Brasil entrasse na corrida armamentista do mundo, com construção de uma bomba nuclear genuinamente brasileira.
No Acre, “o meu é Duda”, não pegou, como candidato a governador. Ele acabou em quinto lugar numa disputa de cinco candidatos ao Governo. Seu candidato ao Senado, o médico José Wilkens, foi bem votado mas também ficou sem chances de poder.
Em seu Instagram, o governador Gladson Cameli lamentou: “A partida de Duarte deixa um legado de trabalho. Prestamos solidariedade aos amigos e familiares pela perda irreparável, ao tempo em que rogamos a Deus o conforto nesse momento de dor, em que as palavras se apequenam e o espírito busca amparo na Fé”, escreveu.
O homem que vai ser sepultado nesta quarta-feira (16), na capital paulista, não era um acreano comum. Era esposo de Francisca das Graças Prado Couto e pai de Francisco e Maria Teresa, a Tetê.
Deixará um vazio na história de Tarauacá e de todo o Acre. Um acreano que deixa saudades.
