Para Fagner Calegário, federação partidária pode favorecer o Podemos: “Facilitaria a montagem das chapas”

Federações

Assunto mais falado do noticiário político, as federações não tem saído das páginas dos jornais e nem da cabeça dos políticos. Com uma fórmula que se assemelha às antigas coligações, já que permite que siglas se unam para a disputa proporcional, as federações, porém, tem regras mais severas, como a obrigatoriedade dos partidos caminharem juntos por um período de quatro anos. E é justo por isso que os partidos têm enfrentado tantas reviravoltas para tentar formalizar essas uniões. Até o momento, nenhuma federação foi oficializada.

Podemos

O Podemos, partido do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, é um desses partidos envolvidos em diversas negociações de federações. Até o momento, a sigla flerta com União Brasil, PSDB e Cidadania para compor uma federação partidária para disputar as eleições deste ano (e de 2024).

Favorável

No Acre, o partido de Moro divide com o PP a maior bancada na Aleac, com quatro deputados cada um. O líder do Podemos na Casa, o deputado Fagner Calegário, acredita que uma federação pode ajudar o partido. “Eu sou favorável. Chegou a hora de unirmos forças”, disse à coluna.

Ajuda

Na visão do deputado, “isso (a federação) facilitaria inclusive as montagens das chapas”.  E ele tem razão, montar uma chapa puro sangue com quatro deputados de mandato é uma tarefa pra lá de difícil. Com a entrada de outras legendas, a coisa muda de figura, já que cada partido deve indicar seus representantes para a disputa.

Sem preferência

Questionado se escolheria algum partido específico para se federar com o Podemos, o deputado disse que não tem preferência. “Eu de verdade acho que poderia ser com dois (partidos). Uma aliança dos três partidos fortaleceria muito”, argumentou.

Problema

Como nem tudo são flores, principalmente numa relação de união entre agremiações às vezes tão diferentes, um problema que precisará ser resolvido com muito traquejo é a questão das direções estaduais dessas federações. Como elas agirão como se fossem um único partido, precisarão ter uma única direção. A preocupação de Calegário também é essa. “Agora, o problema passa por quem seria o presidente no estado”, concluiu.

Estica e puxa

Outra federação que vem dando o que falar é a que vem se desenhando entre PT, PSB, PCdoB e PV. Todo dia aparece uma novidade, às vezes favorável e às vezes desfavorável à união. Um verdadeiro estica e puxa. A última confusão do grupo foi que o governador do Espírito Santo e candidato à reeleição, Renato Casagrande (PSB), deu a entender que não vai dar palanque para Lula (PT) no estado, e sim à Sergio Moro. Prontamente, o PT lançou o nome do senador e recém-filiado à sigla, Fabiano Contarato, como pré-candidato ao Governo. Um senhor contragolpe.

Pacificou

Se por um lado, o PSB do ES criou um problema, o de São Paulo vem dando sinais de um acordo. Se antes dizia-se que era lá em São Paulo que estava o maior entrave para a federação sair do papel, já que nem Márcio França (PSB) e nem Fernando Haddad (PT) abriam mão de suas candidaturas ao Governo, o socialista hasteou a bandeira branca. Segundo a articulista política da Globo News, Andréia Sadi, França disse que está nas mãos de Lula a decisão sobre quem será o candidato ao Governo por lá. Pra quem não cedia um só milímetro da decisão, a coisa mudou totalmente de figura. Foi vencido pelo cansaço.

Debandada

Caso a federação entre PSB e PT não prospere, a decisão pode ocasionar em uma debandada de deputados federais da sigla socialista. Com 30 deputados federais, o PSB pode perder mais de um terço dos parlamentares. Os deputados alegam falta de competitividade do partido para reelegê-los em um cenário sem o PT.

Dedo no olho e gritaria

Assim como o deputado Fagner Calegario demonstrou preocupação com a presidência de uma federação que seu partido passe a integrar, me pergunto como será a disputa pela presidência da federação envolvendo PT, PSB, PCdoB e PV aqui no Acre. Vai ser dedo no olho e gritaria.

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