27 de abril de 2024

Narciso Mendes: ‘Uma 3ª via visando às próximas eleições não prosperará’

Não prosperará.

A polarização Lula/Bolsonaro jamais será ameaçada, posto que, o discurso “nem/nem” apenas a favorece.  

Uma 3ª via visando às próximas eleições não prosperará, isto porque,  com suas múltiplas candidaturas só a fortalecerá. Ora, se a dupla Bolsonaro/Lula detém mais de 60% das intenções de votos, e em todas as pesquisas até então realizadas, os 40% dos eleitores contrários se dividirão nas seguintes candidaturas: João Dória, Ciro Gomes, Sérgio Moro, Simone Tebet, Rodrigo Pacheco e outras tantas com potenciais eleitorais abaixo dos 10%. Assim sendo, nenhum deles terá chance de chegar ao 2º turno. Na contabilidade eleitoral quem ignora sua própria matemática, como é o caso em questão, por antecipação, estará derrotado. 

Eu, particularmente, gostaria que surgisse uma candidatura com potencial para romper a polarização Bolsonaro/Lula. Daí fazer minhas as palavras do imortal Bertolt Brecht: “Infeliz é a nação que precisa de heróis”. Pior ainda, quando seus pés são de barro. 

Nas democracias que se prezam são os partidos políticos que determinam as escolhas dos seus candidatos. Daí as minhas preocupações ao ver o nosso país dividido entre bolsonaristas e lulistas e ambos se apresentando e já sendo tratados como heróis.

O Brasil de hoje, repleto de crises e das mais variadas natureza, após as nossas próximas eleições, só se potencializarão, até porque, o eleito irá encontrar o nosso país a beira de um caos social. Portanto, é de um estadista e não de um herói que o nosso país está carecendo. 

Debite-se a nossa própria legislação político-partidária/eleitoral a nossa fragmentação parlamentar, certamente, uma das piores do mundo. Para tanto basta verificarmos que a nossa Câmara dos Deputados, também chamada de Casa do Povo, é composta por representantes de 27 partidos políticos distintos e todos eles a advogar em causa própria. 

Entre os anos 1940/1980 chegamos a ser o país do acidente que mais crescia no mundo, e de lá para cá, só temos retrocedido. Chegamos a ser a 6ª maior economia do planeta e hoje nos encontramos na 12ª colocação e ameaçados de perder esta posição no contesto mundial. 

Quais as causas dos nossos constantes retrocessos? São várias, mas uma delas se destaca das demais, no caso, as nossas persistentes crises políticas. A propósito, os eleitos, antes mesmo de serem empossados já são alvejados pelos seus oposicionistas com as mais inoportunas críticas, quando não, pelas mais grotescas acusações. 

Em relação as eleições deste ano, do que delas resultar, as perspectivas são as piores possíveis, afinal de contas, os atuais pré-candidatos à presidência da nossa República, mutuamente, se tratam como inimigos, cujas reputações devem ser assassinadas no curso do processo eleitoral. 

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