Oque te deixaria mais inclinado para comer: uma cereja que, na verdade, é um chuchu ou uma picanha que não é picanha? Uma decisão realmente difícil para alguns e muito séria para outros, a exemplo do que recentemente aconteceu com as redes de fast food Burger King e McDonald’s que caíram nas “graças” da Justiça e precisam se explicar pelos seus respectivos hambúrgueres que não possuem os ingredientes que alegam ter.
Na semana passada, o Senado Federal aprovou um requerimento para a realização de uma audiência pública com o objetivo de debater os recentes casos, afirmando se tratar de um “total abuso” de ambas as redes e que estariam “enganando a população brasileira”.
Os servidores, agora, pretendem ouvir os denunciantes e as empresas acusadas.
Não é o que parece
Mas essa história foi apenas para contextualizar o que vem a seguir. Uma sequência curiosa de alimentos que consumimos, que já tivemos contato ou que fazem parte da nossa rotina e que definitivamente não são o que parecem ser.
Falsa cereja
Você sabia que é possível fazer uma cereja com o chuchu? O preparo é feito colocando os pequenos pedaços do legume na groselha, é possível até fazer em casa.
Essa beleza reluzente se tornou uma alternativa para baratear os custos, além de ser uma forma de garantir que os estabelecimentos tenham cerejas durante o ano todo para que seja possível compor os doces.
É importante ressaltar que, apesar de parecer inofensivo, vender um produto informando outra coisa é crime e pode dar até um ano de detenção, além de uma multa milionária.
Suco, néctar ou refresco
Preste atenção às bebidas oferecidas nos estabelecimentos. Naturalmente costumamos associar qualquer bebida de “suco”, mas o termo em si é atribuído aos casos em que os ingredientes são usados com polpa da própria fruta.
Essa diferença é estabelecida pelo próprio Ministério da Agricultura, que exige que cada tipo de bebida seja devidamente apresentada ao consumidor sem margem para dúvidas. Por exemplo: para ser considerada “suco”, a bebida deve ter pelo menos 50% de polpa de fruta em sua composição. Já o “néctar” precisa de, no mínimo, 20%. Enquanto os refrescos, que é o famoso pó diluído em água, precisa de 10%.
Bacalhau ou salmão falsos
Essas peças são caras, por isso as práticas de “substituição” no comércio acabam sendo comuns, motivo pelo qual o consumidor precisa ficar em alerta antes de sair para comprá-las.
Você sabia que para substituir o salmão existe uma truta salmonada? Trata-se de um peixe mais barato e parecido com o primeiro. Para diferenciar é preciso observar o tamanho, a coloração, o sabor e, principalmente, o preço da peça que está sendo oferecida.
O bacalhau também é outro alvo das práticas ilícitas de alguns comerciantes. Os verdadeiros são os peixes “Cod Gadus Morhua” e o “Cod Gadus Macrocephalus”. Qualquer outro fora dessa identificação nada mais é do que um simples peixe seco e salgado que, devido a textura parecida, acabam sendo comercializados como o próprio bacalhau, a exemplo dos tipos: Saithe, Ling e Zarbo.
Sem frango no Subway
Um levantamento realizado pelo CBC Marketplace, do Canadá, identificou que o frango assado vendido nos sanduíches da Subway possuíam apenas 53,6% de DNA de frango, enquanto as tiras, apenas 42,8%. O restante que preenchia a composição era apenas soja.
Depois de ter sido contestada, a Subway informou que menos de 1% de seus produtos eram feitos com soja. Não houve questionamento jurídico depois.
Pouca batata na batatinha da Pringles
Outro alimento super popular que tem no mercado são as famosas e deliciosas batatas Pringles que, pasmem, não são totalmente feitas de batatas. O produto, na verdade, é uma massa feita com água e um pó de batata misturado com milho.
Apenas 42% é feito, de fato, do legume. Nesse caso também não houve qualquer reclamação jurídica e, cabe destacar, que não é um problema desde que esteja claro na própria embalagem quais são as características do produto, sem propagandas que levem a um entendimento diferente.