Com quase 70% de indecisos em quem votar para o Senado, disputa está completamente aberta

Pesquisa

Primeira grande pesquisa rodada no Acre desde o início oficial da campanha eleitoral, que começou no último dia 16 de agosto, o levantamento feito pelo Ipec (ex-Ibope) e encomendado pela Rede Amazônica do Acre trouxe algumas surpresas para quem acompanha a política acreana de perto.

Governo

Na disputa pelo Governo, a pesquisa estimulada, aquela em que os nomes são apresentados ao eleitor, Gladson Cameli (PP) lidera com 51%. Nas sequência aparecem Jorge Viana (PT) com 27%, Mara Rocha (MDB) com 6%, Petecão (PSD) com 5%, Marcio Bittar (UB) com 2% e o Professor Nilson (Psol) com 1%. David Hall (Agir) foi mencionado mas não conseguiu atingir 1% das intenções de votos. Votos brancos e nulos são 4% e não sabe ou não respondeu, 3%. 

1º turno

O que mais chamou a atenção na pesquisa Ipec para governador foi ver o candidato à reeleição, Gladson Cameli, com 51% das intenções de voto e podendo levar a disputa já no 1º turno. Gladson só aparecia com esses números, em que tinha chance de levar a eleição em um único turno, no início deste ano, quando a maioria dos outros candidatos ainda não haviam sido definidos. Se formos pegar apenas os votos válidos, em que são excluídos os votos nulos e brancos e os eleitores indecisos, Gladson aumenta esse percentual e pode ganhar essa eleição com os pés nas costas.

Atrás do prejuízo

Outra grande surpresa dessa pesquisa foi ver o bloco de trás tão atrás. Jorge Viana continua dentro do teto de votos que tem apresentado desde o início das discussões eleitorais, em torno dos 25% de intenções de votos, variando um pouco para mais ou para menos, dentro da margem de erro. Já ver Petecão e Mara Rocha abaixo dos dois dígitos a essa altura do campeonato, talvez tenha sido a grande surpresa dessa pesquisa. É preciso que os três principais candidatos da oposição consigam passar dos dois dígitos para arrastar a disputa para o 2º turno. O problema é que o tempo está curto para correr atrás do prejuízo. 

Senado

Para a disputa da única vaga para o Senado, a pesquisa estimulada indica Alan Rick (União Brasil) na liderança, com 29%, Ney Amorim (Podemos) com 17%, Marcia Bittar (PL) com 15%, Dr. Jenilson Leite (PSB) com 10%, Dra Vanda Milani (Pros) com 5%, Nazareth Araújo (PT) com 2% e Dimas Sandas (Agir) com 1%. Brancos nulos representam 9% e não sabem ou não responderam, 12%.

Leitura

A leitura desses dados é um Alan Rick favorito e sem surpresa, já que em um cenário sem Jorge Viana, esse sempre foi o quadro que se desenhou. Ney Amorim pontuou muito bem, mesmo tendo entrado na disputa de última hora. Tem margem para crescer ainda mais. Marcia Bittar, que havia recuado da candidatura ao Senado mas voltou para o pleito também de última hora, é outra surpresa, pontuou muito bem e pode crescer ainda mais. No bloco da frente, Jenilson fecha a turma dos dois dígitos. Também tem margem para crescer. A vaga deve ficar entre esses quatro postulantes. Os demais precisam comer muito feijão com arroz pra tentar furar a bolha do bloco da dianteira.

Tudo aberto

Apesar do indicativo que a pesquisa estimulada deu de que a vaga deve ficar com um dos quatro primeiros, é a pesquisa espontânea, aquela em que o eleitor cita qualquer nome de sua preferência, que trouxe a grande surpresa do levantamento. Alan Rick tem 9%, Ney Amorim 6%, Dr. Jenilson Leite 4%, Marcia Bittar 3%, Nazareth Araújo  2%, Dra. Vanda Milani 2%, outros 3%, branco ou nulo 7% e incríveis 65% não souberam ou preferiram não opinar. São duas as mensagens que essa pesquisa reflete: a primeira é que está todo mundo embolado em um grande empate técnico, e o segundo é que a maioria esmagadora dos eleitores acreanos não tem certeza em quem vai votar para o Senado, ou seja, está tudo aberto!

Registro

A pesquisa ouviu 800 pessoas entre os dias 26 e 28 de agosto e tem margem de erro de três pontos percentuais para cima ou para baixo. O nível de confiança da pesquisa é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01886/2022.

Sucessão

O ex-porta-voz do governo Dilma Rousseff (PT), o jornalista Thomas Traumann, fez uma análise interessantíssima sobre a sucessão da presidência da Câmara dos Deputados. Em artigo, o jornalista argumenta que a sucessão do deputado Arthur Lira (PP) é tão importante quanto a disputa Lula X Bolsonaro. “Arthur Lira transformou a relação do Legislativo com o Executivo, mudou o papel da presidência da Câmara dentro do Legislativo e reconfigurou o Centrão –o grupamento congressista que até a sua chegada tinha como única aderência o toma-lá-dá-cá com o governante de plantão”, diz trecho do artigo que pode ser lido AQUI.

Prejuízo

As decisões provisórias para compensar as perdas de arrecadação dos Estados, por causa do teto para o ICMS do combustível, energia elétrica, transporte coletivo e telecomunicações, já chegam a R$ 1,9 bilhão para a União. O prejuízo para a União pode chegar a R$ 14,7 bilhões até o fim do ano. Um rombo em tanto!

Prejuízo 2

Mas não é só a União que deve ter prejuízos com o teto do ICMS, os estados devem sofrer ainda mais. Com o teto do imposto definido entre 17% a 18% -havia estados cobrando mais de 30%-, os secretários de Fazenda estaduais calculam perdas de até R$ 48 bilhões até o fim do ano. E foi justo por conta desse eventual prejuízo, que os estados conseguiram liminares na Justiça para serem compensados pela União.

Dia da Amazônia

No próximo dia 5 de setembro é celebrado o Dia da Amazônia, data que foi instituída por lei em 2007. Em um momento em que a região amazônica vem sendo vítima de queimadas, crime organizado, invasões e falta de ações governamentais, a data precisa ser usada como um grande momento de reflexão, sobretudo para os pleiteantes a algum cargo nesta eleição. Que Amazônia queremos deixar para os nossos filhos e netos?

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