Fim do blefe: acreanos conhecerão nesta sexta quem são os candidatos ao Governo e Senado

Se tem uma coisa que esse processo pré-eleitoral trouxe para o Acre foi blefe. A política acreana parece mais uma grande mesa de poker com tantas apostas, tantos jogadores e tantos blefes. 

Prazo 

Finalmente a era do blefe está terminando. Hoje, dia 5 de agosto, é o último dia do prazo determinado pela Justiça Eleitoral para que os partidos realizem suas convenções e consequentemente escolham seus candidatos. 

Convenções 

Jogando com o regulamento embaixo do braço, a maioria dos grandes partidos do Acre, que tem interesses nas disputas majoritárias, levou a convenção para ser realizada nesta sexta (5). E o pior, para o fim da tarde. Ou seja, só na calada da noite de hoje é que finalmente os acreanos conhecerão em quem poderão votar para o Governo e para o Senado. 

Definida 

A única chapa completamente definida até aqui, entre as mais competitivas, é a do senador Petecão (PSD), com ele na cabeça de chapa, o advogado Tota Filho de vice, e a deputada federal Vanda Milani (Pros) para o Senado. Aliás, a chapa de Petecão tem saído na frente em tudo até aqui. Precisa sair na frente na hora do voto também se quiser chegar ao Palácio Rio Branco. 

PT x PSB 

PT e PSB, que parecem couro de joelho quando o assunto é uma aliança, fazem suas convenções hoje. O último rompimento foi sério e fez o PT se movimentar para arranjar um nome para disputar o Governo, já que Jorge Viana não arreda o pé do Senado. No PSB, não soube de movimento parecido, o que pode colocar Jenilson Leite em voo solo para o Senado, sem candidato ao Governo para fazer dobradinha. Outra alternativa é que os partidos sentem novamente e JV ou Jenilson recue do Senado para disputar o Governo. O peso da balança de JV é maior. Então, se por algum acaso a aliança voltar, o mais provável é que Jenilson encare a disputa pelo Governo. 

Jogo errado 

Aliás, essa situação entre PT e PSB é uma das coisas mais estranhas que já vi na política. Confusão atrás de confusão simplesmente por falta de clareza nas negociações entre os partidos. Jorge Viana sempre quis o Senado, mas quis jogar com o sentimento do eleitor até o fim do prazo, assim como fez Lula (PT) em 2018, que não podia ser candidato mas manteve a candidatura até onde conseguiu. A tática deu errado em 2018. O problema é que Jorge jogou e o PSB não teve firmeza e nem clareza na hora de dizer que não queria participar desse jogo. Convite para integrar outras chapas não faltou aos socialistas, o que faltou foi pulso na hora de decidir. A conta veio com juros. 

Progressistas 

O PP, partido do governador e pré-candidato à reeleição Gladson Cameli também faz sua convenção hoje. O palanque de Gladson, outro couro de joelho, já tem hoje uma boa definição: ele para o Governo e Mailza para o Senado. Falta conhecermos o nome do vice. Aliás, foi justo a escolha do nome do vice que causou um mal estar enorme nas hostes palacianas. De hoje não passa essa decisão. 

Bittar 

Umas das decisões mais esperadas para a noite de hoje é o caminho que o senador licenciado Marcio Bittar (UB) vai tomar nas eleições deste ano. Os três partidos sob sua influência (UB, PL e Republicanos) farão suas convenções no fim da tarde desta sexta. Em entrevista ao ContilNet, o senador disse que vem para o Governo. Mas só quando a noite terminar é que vamos saber se foi blefe ou não. Outra situação que deve ser definida na convenção do UB é a do deputado federal Alan Rick, que foi vetado pelo seu partido de ser vice de Gladson. Vem para a reeleição? Hoje teremos essa e outras respostas. 

MDB 

No MDB, a situação de indefinição é parecida. Por lá, batido o martelo mesmo só Mara Rocha para o Governo. Muito se tem falado sobre Fernando Zamora (PRTB) na vice e Márcia Bittar (PL) para o Senado. Foi a própria Márcia Bittar que deu a chapa “100% bolsonarista” como certa, em uma publicação no Facebook. Com convenção marcada para o início da noite de hoje, é esperar pra ver se o nome do trio se confirma na disputa ou se alguma reviravolta acontece nas próximas horas. 

Márcia e Marcio 

Uma situação curiosa, caso se confirme as decisões acima, é de como vai ficar a relação entre Marcio e Márcia Bittar. Marcio, que rompeu com Gladson por causa de Márcia, pode ser candidato ao Governo em um palanque e Márcia ser candidata ao Senado em outro. É de dar nó na cabeça de qualquer eleitor.

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