Maior gasto dos concorrentes ao Governo do Acre vem da produção de programas eleitorais

Despesas

Os concorrentes ao Governo do Acre já começaram a preencher no sistema eletrônico do TSE, o DivulgaCand, como estão gastando o dinheiro que receberam para fazer a campanha eleitoral deste ano. Dos sete postulantes, apenas David Hall (Agir) não havia preenchido a ‘concentração de despesas’ até a manhã desta quinta (15).

Mídia

O que chama a atenção na relação de despesas dos candidatos é que quase todos tem concentrado a maior parte dos gastos com a produção de programas de rádio, de TV e de vídeos em geral. Estão investindo pesado na imagem que querem passar para o eleitor.

Campeão

O campeão de gastos com propaganda até o momento é o senador Sérgio Petecão (PSD). De acordo com sua prestação de contas, foram gastos R$ 1.700.000,00 com a “produção de programas de rádio, televisão ou vídeo”. O valor representa 57,73% de todo o recurso arrecadado pelo candidato ao Governo, que é de R$3.041.000,00.

Reeleição

O candidato à reeleição, Gladson Cameli (PP), também colocou na conta da “produção de programas de rádio, televisão ou vídeo” o topo de gastos da sua campanha até agora. Foram gastos R$985.862,06 com o item, o que representa 44,11% do total arrecadado por Gladson, que é de R$4.079.983,99.

Mesma linha

Mara Rocha (MDB) e Marcio Bittar (UB) seguem a mesma linha dos demais candidatos e tem escolhido a “produção de programas de rádio, televisão ou vídeo” como principal ativo nessa campanha. Mara destinou R$500.000,00 para o item, ou seja, 43,96% dos R$2.980.195,00 que arrecadou para gastar na campanha. Já Bittar gastou R$814.967,00, o que representa 28,80% dos R$3.328.485,10 de recursos recebidos.

Fora da curva

Quem não seguiu a tendência de gastos dos demais postulantes foram os únicos dois candidatos de esquerda: Jorge Viana (PT) e o Professor Nilson (Psol). Na concentração de despesas de JV consta “serviços prestados por terceiros” como campeão de gastos. Foram gastos R$290.981,98, ou seja, 29,31%, dos R$1.946.550,54 que recebeu de recursos. Publicidade por materiais impressos é o segundo maior gasto de Jorge Viana, R$230.300,66(23,20%). Já o candidato do Psol, o Professor Nilson gastou R$45.500,00 com “serviços prestados por terceiros”, 35,12% dos R$221.485,92 que recebeu de recursos. O segundo maior gasto da campanha de Nilson é a “produção de programas de rádio, televisão ou vídeo”, R$25.000,00 (19,29%).

Doadores famosos

Um dado que me chamou a atenção na página de Jorge Viana no DivulgaCand foi o “Ranking de Doadores”. De acordo com a lista, o PT Nacional doou R$ 1.487.381,04 (76,41%) e é o líder do ranking. Em seguida aparece a candidata ao Senado na chapa de JV, Nazaré Araújo, que doou R$114.140,00 (5,86%). Na sequência, em 3º e 4º lugar, aparecem os irmãos Moreira Salles, família que foi proprietária do antigo Unibanco e hoje é sócia do Itaú. João Moreira Salles, documentarista e fundador da Revista Piauí, doou R$ 100.000,00 (5,14%), enquanto o seu irmão, o premiado cineasta brasileiro Walther Salles, doou R$50.000,00 (2,57%).

Tolhido

Ontem foi a vez do candidato ao Senado do União Brasil, Alan Rick, participar da rodada de entrevistas do ContilNet e SanFilmes. Entre os diversos assuntos abordados, um chamou a atenção, a reclamação do deputado sobre a Executiva estadual do seu partido. “Fui tolhido de ser vice e depois quiseram me tirar a candidatura de senador”, disse Alan.

PIB

O Ministério da Economia divulgou hoje a nova estimativa para o crescimento do PIB do país em 2022, 2,7%. A antiga previsão era de um crescimento de 2,0%. A mudança, segundo especialistas, foi motivada pelo aumento do emprego, do desempenho do setor de serviços e da elevação da taxa de investimento. Com a nova projeção, a economia deve movimentar cerca de R$ 9,7 trilhões até o final do ano.

Voto envergonhado

O colunista de política do jornal carioca O Globo, Lauro Jardim, trouxe hoje uma análise de que a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) já traçou uma nova estratégia para lidar com os números da pesquisa do DataFolha que será divulgada hoje. O argumento é que existe um fenômeno do “voto envergonhado” que os levantamentos não conseguem captar. “Foi feito até um levantamento tentando mostrar que foram realizadas 94 pesquisas no período eleitoral de 2018 e que nenhuma delas conseguiu capturar os votos envergonhados que fizeram Bolsonaro presidente”, diz um trecho da coluna.

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