Especialista no Acre fala sobre prevenção da surdez e cuidados com uso do fone de ouvido

O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, celebrado nesta quinta-feira (10), marca a luta pela educação, conscientização e prevenção para os problemas causados pela surdez na população brasileira. Nesta data, o ContilNet buscou um especialista para esclarecer o assunto.

O médico otorrinolaringologista Carlos Beyruth conversou com o ContilNet sobre as causas mais comuns de surdez, além da prevenção e diagnóstico.

De acordo com o especialista, a surdez mais comum nos dias de hoje são as causadas por ruídos e o uso constante de fone de ouvido, que provoca alterações em função do uso prolongado, acima de 70 decibéis. Com relação aos ruídos, o médico exalta a importância do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como os fones de proteção para evitar que os ruídos prejudiquem os ouvidos.

Segundo a Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde, surdez é o nome dado a impossibilidade ou dificuldade de ouvir. No Brasil, aproximadamente 10 milhões de pessoas têm algum grau de surdez no Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Causas

As causas para surdez são diversas, sendo elas adquiridas ao longo da vida, após o nascimento ou até mesmo uma condição hereditária em que a criança já nasce surda. Segundo o médico, as perdas auditivas mais comuns e conhecidas estão diminuindo, principalmente pelo avanço da medicina e uso de novos remédios que possibilitam melhores resultados e preservação da audição.

Dentre as causas mais comuns se encontram a infecção por vírus ou bactéria, que são as causas inflamatórias e infecciosas. Apesar das causas mais comuns ainda existirem, outras causas, principalmente em adultos, têm surgido, relacionadas à exposição de ruídos, seja em fones de ouvidos com volume alto, ou com máquinas de trabalho, em que o funcionário não use os fones de proteção.

Segundo o médico, o indicado é que o uso de fone de ouvido seja feito com o volume em até 70 decibéis, que permite que a pessoa escute o som e não cause lesões no ouvido. “A modernidade permite um certo controle das modalidades antigas, por causa dos remédios, mas a surdez do ruído continua se perpetuando”, explica o especialista.

Já a surdez em crianças são, geralmente, causadas por infecções das vias aéreas superiores, como rinites, sinusites, alergias e gripes, que podem ocasionar uma baixa audição. O diagnóstico comumente ocorre pela mudança de comportamento da criança com relação ao volume dos aparelhos, como televisores, celulares e tablets.

De acordo com o especialista, existe uma comunicação entre o nariz e o ouvido, e como a criança não sabe relatar o que está acontecendo, a situação se agrava e a secreção acaba indo para o ouvido, visto que o tubo auditivo é menor e largo em crianças, já em adultos o tubo aumenta e afina.

O último aspecto que também causa surdez é a chamada presbiacusia, que é a perda de audição provocada pelo envelhecimento da célula nervosa do ouvido, muito frequente em pessoas com 60 anos ou mais. A patologia é tratada com uso de aparelho auditivo.

A recomendação do especialista com relação aos sintomas, é buscar um profissional. “Se for possível buscar um otorrinolaringologista, mas com relação às crianças, a pediatria pode, em uma simples olhada no ouvido, fazer uma avaliação que permite ver algumas coisas. A partir disso, o pediatra encaminha para o especialista, pois só ele vai conseguir fazer alguns exames específicos que são variados para as idades de adulto e jovem”, acrescenta.

Prevenção

Para prevenir a surdez, algumas ações são necessárias para que não prejudique as células nervosas. Dentre as ações, o especialista alerta para o hábito de colocar objetos no ouvido, ato que não é recomendado, além de evitar sons altos, se expor a ruídos sem proteção e fazer tratamentos de doenças de forma adequada.

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