Do seringal no Acre a ministra: indicação de Marina é destaque em todo o Brasil

O destino da deputada federal eleita por São Paulo, Marina Silva, parece estar, finalmente, decidido na atual composição ministerial do Governo Lula. De acordo com os principais sites e colunistas políticos do Brasil, o presidente eleito convidou a acreana para ocupar o Ministério do Meio Ambiente.

Nesta sexta-feira (23), Simone Tebet foi convidada por Lula para a pasta, mas impôs uma condição: só diria “sim” se Marina aceitasse ocupar o posto de autoridade climática. A acreana recusou desempenhar essa função, por considerá-la “muito técnica”. Isso inviabilizou a nomeação da emedebista.

Os acordos entre Lula, Marina e Tebet são frutos da criação de uma frente ampla que foi formada no 2ª turno das eleições para derrotar o atual presidente Jair Bolsonaro e eleger o petista. 

Marina Silva, Lula e Simone Tebet/Foto: Divulgação/Ricardo Stuckert

Marina e Lula se reuniram nesta sexta-feira (23) no hotel onde o presidente eleito está hospedado, em Brasília. O encontro durou cerca de uma hora.

No início da noite, Marina Silva publicou em suas redes que autoridade climática era um cargo técnico. “Tive uma boa conversa com o @LulaOficial sobre os rumos da política socioambiental do país. Esclareço que no encontro não tratamos sobre convite para assumir a autoridade climática, que defendo ser um cargo técnico vinculado ao Ministério do Meio Ambiente”, escreveu a deputada eleita.

A acreana ganhou destaque nos principais jornais do país, como o G1, Estadão, Folha de S. Paulo e Veja, além de ter sido elogiada por diversos artistas do Brasil, que comemoraram a decisão de Lula. 

Marina e Lula durante campanha em 2022. Foto: Ricardo Stuckert

“O Meio Ambiente precisa de alguém que vai colocar como prioridade nº 1 o próprio meio ambiente e não o lucro de ruralistas. Precisamos de você, Marina”, postou o influenciador Felipe Neto. A atriz Leandra Leal também comentou a indicação: “Parabéns presidente @LulaOficial por compor um ministério com @MarinaSilva”. 

A jornalista Miriam Leitão defendeu que o nome certo para o Meio Ambiente é o de Marina, por conta da sua passagem pelo ministério: “O nome certo para o Ministério do Meio Ambiente é @MarinaSilva. Ela tem que estar à frente da gestão do combate ao desmatamento e da valorização dos órgãos de controle. Nem precisa perguntar porque, basta ver o que ela já fez no MMA. Se não for isso, @LulaOficia vai errar”.

Quem é Marina Silva? 

Maria Osmarina da Silva Vaz de Lima – nascida Maria Osmarina da Silva, em Rio Branco, no dia 8 de fevereiro de 1958 -, mais conhecida por Marina Silva, é uma historiadora, professora, psicopedagoga, ambientalista e política brasileira, filiada à Rede Sustentabilidade (REDE). Ao longo de sua carreira política, exerceu os cargos de senadora pelo Acre entre 1995 e 2011 e de ministra do Meio Ambiente entre 2003 e 2008, além de candidatar-se em 2010, 2014 e 2018 à Presidência da República. Marina foi a candidata que compareceu a mais debates televisionados, totalizando 21 participações.

Nascida em um seringal no Acre, Marina mudou-se para a capital do estado ainda na adolescência, onde foi alfabetizada. Concluído o ensino médio, graduou-se em história pela Universidade Federal do Acre. Desenvolveu interesse pela política e vinculou-se ao Partido Revolucionário Comunista, organização marxista que se abrigava no Partido dos Trabalhadores, posteriormente ajudando a fundar a Central Única dos Trabalhadores do Acre. Juntamente com Chico Mendes, ajudou a liderar o movimento sindical, elegendo-se para o seu primeiro cargo público, o de vereadora de Rio Branco, em 1988.

E Simone Tebet? 

A colunista Andréia Sadi disse em reportagem publicada no G1 que, também nesta sexta, Lula pegou o mesmo avião que Tebet para ir de Brasília a São Paulo. “Durante o voo, o presidente eleito sondou se Tebet toparia ocupar o Ministério do Planejamento. Pediu que ela não respondesse de imediato”, destacou. 

A conversa definitiva ficou para segunda (26) ou terça-feira (27).

“Ainda assim, Tebet está em dúvida se aceita ou não o cargo por causa da agenda econômica do PT. A senadora considera que tem mais afinidade com pautas de educação, meio ambiente e desenvolvimento social”, finalizou.

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