Soja chega ao Vale do Juruá e Cruzeiro do Sul tem colheita de 30 hectares

A cultura da soja no Acre, muito combatida por atores do movimento ambiental com denúncias de que o plantio do grão causa devastação florestal, parece algo definitivo no Acre e acaba de chegar inclusive ao Vale do Juruá, uma das regiões menos devastadas do Estado.

O empresário James Cameli, com o objetivo de gerar emprego e renda, apostou na plantação em Cruzeiro do Sul e pela primeira vez na história da região do Juruá está ocorrendo a primeira colheita de soja da história no município.

A primeira colheita é de um plantio de 30 hectares, utilizadas ainda na fase de testes. A primeira colheita demonstra que o solo local responde bem à plantação. “Quando o empreendimento estiver pronto, vai gerar mais de 50 empregos diretos”, disse James Cameli.

Em suas redes sociais, o agrônomo Genilson Maia disse que a equipe da Secretaria de Pecuária e Agricultura e Emater de Cruzeiro do Sul acompanharam a primeira colheita. “Parabenizamos o amigo James Cameli, pela coragem de empreender no agronegócio na nossa região”, disse.

O Brasil é um dos maiores produtores de soja do mundo. A estimativa de colheita da safra de 2023 é de 152,3 milhões de toneladas do grão, segundo o mais recente levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

A soja está presente no Brasil há 141 anos. Os primeiros materiais genéticos foram trazidos dos EUA em 1882 e testados na Bahia pelo professor Gustavo Dutra, da Escola de Agronomia da Bahia. Depois, o grão foi estudado em São Paulo, em 1891, e oficialmente introduzida no Rio Grande do Sul em 1914, em regiões de clima similar às áreas cultivadas nos EUA.

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