“Só brincadeira”, dizem adolescentes que usavam conta dos pais para fazer ameaças de massacre no Acre

A Polícia Civil do Acre (PCAC) realizou uma coletiva de imprensa a cerca dos perfis contendo ameaças à escolas do Acre, que surgiram no Instagram após o atentado em Blumenau, em Santa Catarina. O delegado da Polinter, responsável pelo caso, Roberth Alencar, afirmou que três adolescentes já foram identificados, localizados e ouvidos pela polícia.

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Segundo o delegado, todos os adolescentes identificados falaram em suas oitivas que os perfis não passavam de uma brincadeira entre amigos e que não foi detectado nenhum indício de atentado.

Delegados de Polícia Civil/Foto: ContilNet

“O último que foi identificado, que foi do perfil que mais aterrorizou a população ontem, inclusive colocando que iria realizar ataques e tal horário em uma escola ou outra, ele foi devidamente identificado, foram feitas as apreensões dos aparelhos e na confissão espontânea dele, ele foi claro ao dizer que era brincadeira entre amigos, ele e outros três. As fotos foram baixadas do Google e o mundo virtual facilita para qualquer pessoa ter acesso e as postagens, inclusive, com frases mal escritas”, disse o delegado.

Ainda de acordo com o delegado, os adolescentes podem receber uma advertência e, dependendo do que for constatado pela polícia, podem até mesmo serem internados em uma unidade socio-educativa do Estado.

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“Os adolescentes têm que ter ciência que a conduta deles será devidamente investigada e eles vão receber um tipo de medida um tipo de medida que pode ser até a internação nos estabelecimentos que existe em Rio Branco para recolhimento de adolescentes. Desde a advertência até a internação com as medidas previstas no Estatuto da Criança e Adolescente. Nesses casos em que se ficar configurado ato de terrorismo, a prática de um ato infracional de terrorismo, que é grave, pode ocasionar a internação desses adolescentes das pousadas da capital e dos municípios, já que foram identificados também em Cruzeiro do Sul e Plácido de Castro”, diz.

O delegado explicou que os adolescentes usavam seus próprios aparelhos celulares e até mesmo e-mails dos pais ou irmãos para a criação das contas, seguindo o padrão de usuário, com a frase “massacre no Acre”.

“Que os pais fiquem atentos aos celulares dos seus filhos, muitos deles que, pelo menos aqui, esses dois que chegaram acompanhando os seus adolescentes, não tem o mínimo conhecimento do que o filho faz com o seu celular e tudo isso cria esse pânico, toda essa situação”, acrescentou o delegado.

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