Pimenta: Bittar será relator de CPI que investiga ação de ONGs na Amazônia

Comissão será instalada quarta-feira (14), para apurar se entidades se beneficiam de recursos estrangeiros ou nacionais para agir contra o desenvolvimento da região

Márcio Bittar/Agência Senado

Em campo

O presidente da Aleac, deputado Luiz Gonzaga (PSDB), tem visitado sua terra com mais frequência desde que assumiu o cargo no começo deste ano. Nascido e criado em Cruzeiro do Sul, onde foi chefe da Receita Estadual, Gonzaga voltou à cidade no fim da semana passada cumprindo agenda no presídio Manoel Neri da Silva onde acompanhou a produção de farinha dos detentos e a confecção de uniformes escolares pelas detentas. Luiz Gonzaga afirmou que a visita faz parte do plano de ação da Aleac de estar presente em todas as cidades acreanas e conferir de perto as necessidades e trabalhos realizados nas áreas da segurança, saúde, educação, produção agrícola e demais setores.

Na cola

Antes da visita ao presídio em Cruzeiro do Sul, o presidente de Aleac, Luiz Gonzaga, participou sexta-feira (9), da inauguração da nova delegacia da Polícia Civil e do aeródromo de Feijó acompanhando agenda do governador Gladson Cameli. O evento também foi prestigiado pelo deputado Nicolau Júnior (Progressista), primeiro secretário da mesa diretora da Aleac e ex-presidente da Casa. Os dois parlamentares têm acompanhado o governador em todas as suas agendas pelo interior do Estado.

Obras

Luiz Gonzaga parabenizou o governador Gladson Cameli pelos investimentos na segurança e no aeródromo de Feijó. “Quero parabenizar o governador Gladson pelos investimentos realizados em Feijó e demais cidades acreanas. Feijó ganha uma delegacia moderna que poderá atender com mais eficácia a população da cidade. A recuperação do aeródromo é de suma importância para atender os feijoenses que precisam se deslocar para outras regiões e, a partir de agora, com possibilidade de voos noturnos”, destacou.

Ganhos

Nicolau Júnior também reconheceu os esforços do governador Gladson em atender demandas que trarão melhorias para a população de Feijó. “A partir de agora a Polícia Civil de Feijó terá melhor condição de trabalho e poderá atender com mais agilidade e eficiência os moradores. Isso vale também para o novo aeródromo que passará a ter voos noturnos que beneficiará a população. Quem ganha com esses investimentos do governo é o povo de Feijó”, afirmou.

ONGs

O senador Márcio Bittar (União) deverá ser nomeado relator da CPI das ONGs a ser instalada pelo Senado na próxima quarta-feira (14). O colegiado será presidido pelo senador Pedro Valério (PSDB/AM) que também é autor do requerimento para a sua criação. A CPI das ONGs será composta por 11 membros titulares e sete suplentes. Eles terão o prazo de 130 dias para fazer as investigações. De acordo com Márcio Bittar, ao contrário do que parece, esta comissão não tem como meta atingir o governo Lula, pois investigará ações das ONGs durante vários outros governos.

Soberania

Márcio Bittar diz em sua justificativa para a criação da CPI das ONGs que há indícios muito fortes de que boa parte destas entidades, notadamente aquelas que atuam na Amazônia, age contra o desenvolvimento da região, num claro atentado à soberania nacional, pois grande parte de seus recursos tem origem em financiamentos externos praticamente sem fiscalização. De acordo com o senador, ninguém sabe direito a que estas organizações estão servindo. “Nós na Amazônia compreendemos que, ao final das contas, toda esta movimentação é para proibir que nós possamos fazer aquilo que eles já fizeram, afinal de contas os recursos vêm de lugares do mundo, ou até mesmo do Brasil, que já utilizam seus recursos naturais, seja gás, petróleo ou minérios e agora estão trabalhando para impedir o acesso ao desenvolvimento de quase 28 milhões de pessoas que vivem na Amazônia. Isso precisa ser averiguado e é isso que vamos fazer na CPI das ONGs”, explica Bittar.

Biopirataria

Os argumentos dos defensores da CPI das ONGs incluem até mesmo suspeitas de que tais entidades fazem doutrinação esquerdista nas nações indígenas e que muitas servem de fachada para o contrabando de biotecnologia. Pelo governo, os senadores enxergam na iniciativa uma maneira de propagandear a velha cantilena, que vem desde a ditadura militar, de que as ONGs na Amazônia são agentes de outros países interessados nas riquezas da região. “A gente quer mostrar como que essas ONGs se beneficiam da Amazônia, com o aplauso de brasileiros, que não sabem que estão sendo saqueados, roubados, utilizados e manipulados. Essa é a nossa pretensão: alertar o Brasil e, quem sabe, a gente acaba alertando o europeu bem intencionado, que não dê mais dinheiro para essas ONGs”, argumenta o autor e provável presidente da CPI, o senador Plínio Valério (PSDB-AM).

Bônus

O senador Alan Rick (União) está comemorando com antecedência a possível aprovação do projeto de lei 2970/2023, de sua autoria, que regulamenta a concessão de bônus para candidatos às instituições de ensino federais que comprovem ter estudado nos últimos três anos em escolas públicas da mesma cidade onde está localizada a instituição. De acordo com o senador tal benefício possibilita o aumento do número de profissionais com curso superior atuando nos Estados onde se formaram. O PL foi apresentado na última quarta-feira (7), e deve começar a tramitar pela Comissão de Constituição e Justiça.

Enem

Alan Rick explica que seu PL apenas regulamenta um benefício que já existe em várias universidades federais. De acordo com o PL de Alan Rick poderão receber o bônus de até 15% sobre a nota do Enem, estudantes que tiverem cursado todo o ensino médio em escolas que fiquem na mesma região da Universidade Federal para a qual se inscreveram. “Tal benefício possibilita o aumento do número de profissionais com curso superior atuando nos Estados onde se formaram. Quem ganha é a população”, comemorou o senador por meio de suas redes sociais. Seu argumento é confirmado pela reitora da Ufac, Guida Aquino. Segundo ela, desde que a Ufac passou a conceder o bônus de 15% para candidatos acreanos à Faculdade de Medicina aumentou significativamente a ocupação das vagas por estudantes que concluíram o ensino médio no Acre, passando de 25 para 49 de um total de 117 vagas a partir de 2018.

Pódium

O deputado federal Gerlen Diniz (Progressista) está comemorando nas redes sociais sua classificação em primeiro lugar entre os parlamentares do Acre pelo site “Ranking dos Políticos”. Com uma pontuação de 8,28, superando sua última classificação de 8,03, Gerlen Diniz considera esse reconhecimento como um reflexo de um “trabalho árduo, da nossa dedicação incansável e do compromisso inabalável que temos com o povo do Acre”, comentou ele. “Agradeço a confiança e o apoio que recebo diariamente e reafirmo meu comprometimento em continuar lutando pelos interesses e necessidades de todos os acreanos”, comentou ele.

Terras

Conflitos pela posse e uso de terras nos vales do Purus e do Envira estão sendo analisadas com lupa pela Comissão de Legislação Agrária da Assembleia Legislativa do Acre. Na última sexta-feira (9), a comissão realizou audiência pública com vários produtores daquelas regiões visando esclarecer e dar uma solução para tais conflitos. Coordenada pelo deputado Tanízio Sá, a audiência contou também com a participação do deputado Pedro Longo (PDT), vice-presidente da Aleac. “As conclusões e encaminhamentos resultantes desta audiência pública certamente terão impacto significativo na trajetória futura dessas comunidades rurais”, afirmou Pedro Longo.

Má sorte

O senador Márcio Bittar (União) vê risco de o Acre perder investimentos de R$700 milhões por conta das amarras impostas pela Operação Ptolomeu. “É um momento muito difícil. Temos os recursos, o governo está disposto a fazer, mas as obras não podem acontecer por causa das decisões judiciais”, disse. “Com obras paralisadas e o desemprego aumentando, o Acre lembra aqueles lugares em que, na antiguidade, diziam que era um local de azar, onde as coisas não dão certo e a tal cabeça de burro tinha que ser arrancada para as coisas voltarem a dar certo”, comentou o senador.

Pato e urubu

Marcio Bittar afirmou ainda que decisões judiciais não se discutem e, sim, se cumprem, mas lembrou que, por causa da paralisação das obras, quem paga o pato, como se diz na expressão popular, é a população. “Isso me deixa muito triste porque, quando as coisas pareciam funcionar, com a realização de obras há muito tempo desejadas pela população, eis que surge esta Operação que paralisa tudo no Estado. Parece mesmo aquela coisa da cabeça de burro, que eu digo que é mesmo uma cabeça de urubu”, disse.

Ponte

Está forte em Sena Madureira um movimento para que a ponte de alvenaria em construção sobre o rio Iaco seja batizada com o nome do advogado Ulisses D’Ávila Modesto, que morreu dia 17 de maio vítima de câncer. Ex-prefeito por dois mandatos e duas vezes deputado estadual, além de secretário de Estado, Ulisses deixou extenso legado de obras e de ações que constituem hoje grande parte do acervo e da identidade cultural do município. Políticos, empresários e profissionais da comunicação são unânimes no apoio ao nome de Ulisses.

Ulisses e Sobrinho

Caso o governador Gladson cameli aceite a ideia do movimento, a ponte “Ulisses D’Ávila” faria uma ligação histórica com a primeira ponte construída sobre o Rio Iaco, há quase 40 anos, no governo Nabor Júnior, batizada com o nome do segundo prefeito eleito de Sena Madureira, José Nogueira Sobrinho, do PTB, que governou a cidade de 1964 a 1968, e que morreu no início dos anos 70 num acidente automobilístico na BR-364. “As pontes estariam homenageando dois ex-prefeitos”, argumenta a jornalista Wania Pinheiro, filha da terra.

FPA 2

Ao acusar correligionários do MDB de estarem mancomunados para recriar a Frente Popular do Acre (FPA), o deputado Emerson Jarude (MDB) só erra ao dizer que a aliança seria encabeçada pelo PT, visto que o próprio presidente do partido, Daniel Zen, já admite que a sigla perdeu o protagonismo político no Estado. A nova versão da FPA, da forma como vem sendo desenhada tanto pelo senador Sérgio Petecão (PSD) como pelo ex-deputado Flaviano Melo (MDB) prevê o protagonismo apenas de Marcus Alexandre, no partido que ele escolher. A julgar pela enquete realizada pelo Contilnet, o PSD de Petecão é o favorito do eleitorado do ex-prefeito com 29,8% da preferência contra 25,24% do PSB; 24,27% do PT; 17,75% do MDB e 2.93% do PC do B. Resultado apurado às 7 horas desta segunda-feira, 12, no horário do Acre.

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