Por que Maitê Proença recebe pensão do governo? Entenda

Em 2010, a Previdência estadual investigou se a artista tinha uma relação estável, mas ela conseguiu reverter a suspensão do benefício

Atriz Maitê Proença tem direito as pensões deixadas por seus pais

Atriz Maitê Proença tem direito as pensões deixadas por seus pais Reprodução/Redes sociais

 

 já respondeu várias vezes às críticas públicas por receber uma pensão do governo, paga a filhas solteiras de alguns funcionários públicos. Como noticiou o colunista do GLOBO Ancelmo Gois, a atriz enviou à Justiça de São Paulo a planilha informando ter direito a receber R$ 254 mil pelos meses em que as pensões às quais tem direito não foram pagas.

Maitê recebeu, por anos, as pensões por morte deixadas por sua mãe, a professora Margot Proença, e seu pai, o procurador de Justiça Carlos Eduardo Gallo, ambos já falecidos.

Em 2010, Maitê Proença chegou a ter as pensões suspensas pelo governo de São Paulo. A “Folha de S. Paulo” detalhou, à época, que ela ganhava cerca de R$ 13 mil mensais.

Segundo o jornal, a SPPrev, órgão previdenciário do estado, entendeu que a atriz deveria perder o direito à pensão porque teria uma união estável com o empresário Paulo Marinho. Ou seja, não seria mais filha solteira de funcionário público. O órgão citou um trecho da biografia de Maitê na qual a artista dizia ter formado “uma família linda” durante mais de uma década em que se relacionou com Marinho. Esta seria uma prova da união estável.

A defesa da atriz recorreu da suspensão do benefício, alegando que os pais de Maitê pagaram impostos, deduzidos dos vencimentos deles, para que ela recebesse a pensão. A artista conseguiu reverter a determinação do órgão previdenciário na Justiça.

Em 2019, em entrevista ao GLOBO, Maitê foi questionado sobre as críticas recebidas por nunca ter se casado oficialmente “para não perder a pensão deixada pelo pai”.

— As pessoas falam demais, dizem que meu pai era militar, mas ele nunca foi (era desembargador e foi procurador de Justiça de São Paulo). Aos 20 anos, quando conheci o Paulo [Marinho], não tinha conhecimento do benefício, e tampouco podia imaginar que meu pai fosse se matar anos depois (o pai de Maitê, assim como um de seus dois irmãos, se suicidou) — rebateu ela, na entrevista.

Maitê disse também que nunca formalizou o vínculo porque não acredita “na instituição” casamento.

— A minha experiência era de que os casamentos acabam em sofrimento, por isso não me casei. Mas isso (a pensão) já tramitou em juízo, é um direito adquirido. Porque aquele funcionário público (o pai) pagou impostos durante toda a vida para que a pensão acontecesse. Se não concordam com a lei, que é de 1940 e talvez seja anacrônica, devem mudá-la de agora para a frente. Não podem fazer isso com as pessoas — ressaltou a atriz.

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