Vulcão entra em erupção na Islândia; veja imagens aéreas

Piermanuele Sbern/Unsplash

Piermanuele Sbern/Unsplash

Na noite de segunda-feira (18), autoridades relataram o começo da erupção vulcânica na península de Reykjanes, na Islândia. Registrado através de vídeos aéreos, o fenômeno da natureza já era aguardado há cerca de um mês por conta dos inúmeros abalos sísmicos registrados no local, tanto é que a cidade mais próxima, Grindavík, com 4 mil habitantes, já tinha sido evacuada por segurança.

Na última atualização do Gabinete de Meteorologia da Islândia (IMO), compartilhada às 15h desta terça (19), o magma continuava a vazar do centro da terra pelo vulcão e era expelido em forma de lava e fuligem para a atmosfera, mesmo que em menor quantidade.

A seguir, confira imagens do início da erupção do vulcão na Islândia, feitas pela agência de notícias Reuters:

Entenda o início da erupção

Oficialmente, o vulcão da Islândia entrou em erupção às 19h, segundo relatório do IMO. O pico da atividade vulcânica foi registrado durante a madrugada, quando cerca de 100 a 200 metros cúbicos de lava foram lançados na atmosfera por segundo — este é o maior volume já relatado nos últimos anos no país. Foram contabilizados mais de 320 terremotos, sendo que o mais forte marcou 4,1 pontos na Escala Richter (leve).

Na tarde desta terça, a erupção não tinha cessado ainda, mas o fenômeno está perdendo força. “A erupção continua a enfraquecer”, destaca o IMO. Neste cenário, as novas imagens áreas mostram a ocorrência de três diferentes fontes de erupção.

Aqui, é importante destacar que, diferente das erupções tradicionais, não existe um vulcão clássico, aquele em cone, que está gerando todo o desastre natural. Na verdade, o magma vaza para a superfície através de uma erupção fissural, também conhecida como fissura vulcânica. Basicamente, ele é expelido a partir das rachaduras abertas pelos terremotos.

Até o momento, não se sabe completamente quais foram os danos provocados pela erupção na península de Reykjanes. No entanto, os aeroportos na Islândia estavam operando nesta manhã, mesmo que com atrasos. Isso indica que a fuligem e a fumaça não comprometem tanto a visibilidade no espaço aéreo nacional.

Mais erupções são esperadas na Islândia?

No momento, a erupção acontece majoritariamente na cratera Sundhnúksgíga, onde está perdendo força. No entanto, as autoridades não consideram a situação controlada. “Há uma probabilidade de que mais aberturas possam se formar ao longo da fissura original, mais ao norte ou ao sul”, afirma o IMO.

Novos pontos de erupção podem ser registrados na Islândia (Imagem: Reprodução/IMO)

Novos pontos de erupção podem ser registrados na Islândia (Imagem: Reprodução/IMO)

Se isso acontecer, haverá pouco tempo para adotar medidas de segurança. Em relação ao início da atual erupção, entre os primeiros sinais e a lava começar a aparecer, foram cerca de 90 minutos.

Antecedentes de Reykjavik

Vale lembrar que esta é a quarta erupção registrada na península de Reykjanes nos últimos anos. Na história recente, o fenômeno aconteceu pela primeira vez em março de 2021. Poucos meses depois, a situação foi repetida em agosto de 2022 e julho de 2023.

A situação na Islândia em relação ao vulcanismo é, no mínimo, complexa. Isso porque a ilha tem 33 sistemas vulcânicos ativos, sendo este o maior número da Europa, o que supera até a Itália.

Tanta atividade vulcânica está relacionada com o fato de que o país está entre as placas tectônicas da Eurásia e da América do Norte, conhecidas por se moverem em direções opostas, o que favorece este tipo de fenômeno.

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