Laudo revela o que matou quatro jovens dentro de BMW

Anúncio sobre laudo da BMW foi feito em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (12/1), em Florianópolis

Quatro jovens são de Minas Gerais e abririam uma empresa de marketing digital em Florianópolis no dia 2 de janeiro (Foto: Redes Sociais, Reprodução)

Um laudo da Polícia Científica elaborado a partir de coletas feitas na BMW revelou o que matou os quatro jovens na rodoviária de Balneário Camboriú. O caso chocou o Brasil no primeiro dia do ano, depois que o grupo de amigos foi encontrado sem vida dentro de um carro de luxo.

Conforme os peritos, a causa dos óbitos foi intoxicação por monóxido de carbono provocada pela alteração no sistema de escapamento. Essa substância não tem cheiro ou cor e pode causar asfixia. Desde as primeiras horas após a história vir à tona, os investigadores já suspeitavam de que o gás teria sido responsável pelo mal-estar que terminou na morte de Gustavo Elias, 24 anos, Tiago Ribeiro, 21, Karla Aparecida dos Santos, 19, e Nícolas Kowaleski, 16.

“Atmosfera tóxica”

De acordo com a perita criminal bioquímica Bruna de Souza Boff, a saturação de monóxido de carbono em três das vítimas estava acima de 50% e de uma entre 49% e 50%, o que causou a morte lenta do grupo de amigos. Isso teria sido provocado por conta de ao menos quatro modificações feitas na BMW onde estavam os jovens — como a troca do catalisador e escapamento sem passar por abafadores. Isso fez com que o gás tóxico fosse mandado para dentro do veículo que, completamente fechado e com o ar-condicionado ligado, intoxicou Gustavo, Tiago, Karla e Nícolas.

A perícia identificou um total de 1.000 ppm de monóxido de carbono próximo ao ponto de ruptura do motor onde foi feita a modificação da BMW — índice que pode provocar a morte em até duas horas. Isso criou, segundo a Polícia Científica, uma “atmosfera tóxica dentro do veículo”. Essa situação foi potencializada, pelo fato de que o carro estava completamente parado, o que fez com que não houvesse nenhuma circulação de ar, completa o perito criminal Luiz Gabriel Alves de Deus.

A informação da causa da morte dos quatro jovens mineiros foi confirmada em uma coletiva de imprensa feita na sede da Secretaria de Estado de Segurança Pública, em Florianópolis. O encontro reuniu o secretário-adjunto Freibergue Rubem do Nascimento, o delegado-geral de Polícia Civil em SC, Ulisses Gabriel, a perita-geral da Polícia Científica do Estado, Andressa Boer Fronza, além de representantes do Samu, da Divisão de Investigação Criminal de Balneário Camboriú, do Instituto Médico Legal e também de peritos que ajudaram na investigação.

Como foi a madrugada dos jovens em Balneário Camboriú

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