27 de abril de 2024

Quando o coração se esvazia, a mente expressa gratidão; veja o artigo de Maysa Bezerra

Somos sempre uma mistura de sentimentos, sobre os quais temos pouco controle

É incrivelmente desafiador colocar a lógica no comando de nossa existência. Às vezes, somos surpreendidos pela emoção sem nem perceber. Acreditamos erroneamente que a racionalidade é uma característica pessoal, dizendo que alguns a possuem mais, e outros menos, ou que alguns são mais apaixonados e outros mais racionais. Tudo isso é uma ilusão! Obviamente, algumas pessoas têm mais controle sobre si mesmas, encontrando um equilíbrio entre os dois extremos. No entanto, cheguei à conclusão de que ninguém é inteiramente racional ou emocional. Somos sempre uma mistura de sentimentos, sobre os quais temos pouco controle.

“O homem é uma corda estendida entre o animal e o Super-homem: uma corda sobre um abismo; perigosa travessia, perigoso caminhar; perigoso olhar para trás, perigoso tremer e parar.” Friedrich Nietzsche

Mesmo desejando racionalidade nos momentos mais complexos da vida, inevitavelmente, sucumbimos à influência da emoção. A vida é um balanço entre esses dois polos, ora estamos mais inclinados à razão, ora mais à emoção. E acredite, não temos o poder de controlar isso, pois ambos chegam sem aviso prévio. O embate entre o coração e a mente é transcendental, nos aprisiona em nós mesmos, somos meras marionetes manipuladas por esses dois elementos. Um puxa em uma direção, o outro em outra, e assim seguimos pela vida, em constante desequilíbrio, conforme somos afetados pelos acontecimentos externos.

A busca pelo equilíbrio entre coração e mente exige autocontrole, uma prática eternamente em andamento que cada indivíduo deve possuir consigo. Todos nós já nos perguntamos em algum momento: devo seguir o meu coração ou a minha mente? Aqueles que se autodenominam racionais, e que provavelmente já tiveram más experiências com a emoção, sem hesitar, afirmam que a mente é a melhor opção a seguir. Já os apaixonados e utópicos optam pelo coração, confiando na intuição como o fator decisivo, mesmo que muitas vezes tenham sido traídos. Acredito que a solução para o enigma dos sentimentos da esfinge é não se definir como apenas racional ou passional, mas reconhecer-se como um ser humano, sujeito a extremos.

O controle de si mesmo passa pelo autoconhecimento, que, por sua vez, exige autocrítica. Se nos conhecermos de forma objetiva e não dependermos de definições externas, seremos capazes de fazer uma crítica adequada de nossas ações e controlar nossos impulsos. É fato que quando o coração se enfraquece, a mente agradece, e quando a mente se fortalece, o coração sofre. Expressar as emoções faz parte essencial da natureza sensível do ser humano, assim como sua bestialidade. Boa né? Então. Contudo, dar voz apenas à razão é forçar algo impossível e resultar em insensibilidade. O exagero em qualquer extremo nunca será benéfico. NUNCA. Tem gente muito fria por aí, achando que é melhor viver assim, e tem colhido fracasso.

Portanto, a busca constante é encontrar o equilíbrio diário, conquistar o maior inimigo de todos, que a filosofia já identificou há algum tempo: VENCER A SI MESMO. E que desafio.

Com racionalidade!

Maysa Bezerra

Coach e escritora

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