27 de abril de 2024

Francisco Piyãko, liderança indígena do Acre, toma posse no CNPI, que estava há 5 anos desativado

Com a retomada da CNPI e os debates, as políticas públicas para os povos indígenas podem ser mais efetivas e contemplar de maneira mais eficiente as reivindicações feitas

Um novo membro do Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI) foi apresentado. Ele é Francisco Piyãko, acreano e uma das lideranças do povo Ashaninka, da comunidade Apiwtxa do Acre e coordenador da Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (OPIRJ).

A posse foi realizada na quarta-feira (17), em meio a 1ª Reunião Ordinária do Conselho, promovida pelo ministério dos Povos Indígenas (MPI), no Salão Negro do Palácio da Justiça, em Brasília.

Na quinta-feira, (18), o presidente Lula, em conjunto com Sonia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas, e Marina Silva, do Meio Ambiente, realizaram um encontro com a liderança indígena, agora parte da gestão do CNPI.

“Esse encontro não é apenas a criação do conselho indigenista desse país. É, definitivamente, a criação de uma Comissão da Verdade entre o governo e os povos indígenas para que a gente possa reparar as injustiças que vocês foram vítimas durante 500 anos”, disse o presidente acerca da importância do conselho.

A retomada do CNPI representa uma maior atenção e acolhimento as demandas dos povos indígenas em todo o território nacional/ Foto: Ricardo Stuckert

Piyãko afirma que o atual momento é crucial para os povos indígenas no país, e que a volta das discussões acerca das problemáticas enfrentadas por eles é necessária.

“Essa aproximação e a retomada dessas agendas, que foram maltratadas e abandonadas recentemente, são cruciais. Restabelecer o conselho é essencial para trazer à discussão os problemas enfrentados pelos povos indígenas em todo o Brasil. A nova composição do conselho, que agora inclui representantes de todos os estados, permitirá uma melhor integração das políticas públicas às demandas regionais”, explica ele.

O espaço que foi retomado representa uma oportunidade de gerar debates mais aprofundados e que estejam alinhados com as necessidades e pensamentos dos povos indígenas das mais variadas localidades do território nacional, fazendo assim com que as políticas públicas sejam mais efetivas.

O CNPI foi reativado na atual gestão do governo federal, após cinco anos sem atividade, e atua na elaboração e supervisão de políticas públicas para os povos indígenas que estão situados no Brasil, assim como colocado pelo decreto presidencial n° 11.509/2023.

O conselho é composto com 64 figuras, sendo 30 do poder executivo, outras 30 oriundas de povos indígenas e, por fim, quatro entidades indígenas, de maneira a representar todos os estados brasileiros.

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