Furacão, tufão e ciclone extratropical? Manual do Mundo explica como esses fenômenos se formam

Com um experimento simples, Iberê Thenório mostra como acontecem e qual a diferença entre eles

Furacão, tufão e ciclone extratropical são fenômenos devastadores, mas sua origem é muito parecida com a forma com que o vento comum é criado. Iberê Thenório, apresentador do Manual do Mundo, mostra com um experimento simples no vídeo acima como a diferença de temperatura faz com que o ar se movimente de um lado para o outro.

O fenômeno é o mesmo, mas o nome muda de acordo com a região onde se forma/Foto: Reprodução

O ar mais quente é menos denso, isso faz com que ele suba e, consequentemente, diminui a pressão na região de onde ele saiu. Uma porção de ar mais frio e mais denso ocupa então esse lugar. Esse ar quente esfria depois que sobe, fica mais denso e volta a descer. Esse ciclo no movimento do ar, um querendo ocupar o lugar do outro, é o que forma o vento.

Furacões se formam em águas tropicais quentes

As tempestades tropicais, que são os furacões e tufões, são criadas da mesma forma, mas em proporções muito maiores. Elas surgem sempre nos oceanos, quando as águas estão quentes. Uma massa de ar quente e úmido sobe da superfície do mar e cria uma área de baixa pressão, estimulando mais evaporação da água e dando início ao ciclo no movimento do ar. Esse processo continua, fazendo com que a tempestade cresça e se fortaleça.

Quando atinge grandes proporções, são chamadas de furacão ou tufão (entenda a diferença abaixo). No centro dessa tempestade, chamado de olho do furacão, se forma uma área de ar calmo e céu claro, mas também por isso mais quente. A evaporação aumenta ainda mais e faz com que a tempestade fique cada vez maior.

Normalmente, quando atinge o solo, o furacão perde força por não ser mais constantemente alimentado pela água do mar. No entanto, se ele chegar com um tamanho grande causará muita destruição por vários quilômetros até deixar de ser um risco.

Qual a diferença entre furacão, tufão e ciclone?

O fenômeno é o mesmo, mas o nome muda de acordo com a região onde se forma. Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA, na sigla em inglês), essa é a classificação conforme o local onde a tempestade surgiu:

  • Furacão: no oceano Atlântico ou norte do oceano Pacífico, próximo a região do Havaí
  • Tufão: oeste do oceano Pacífico, mais próximo à costa do Japão
  • Ciclone tropical: sul do oceano Pacífico ou oceano Índico

Além desses três tipos, existem também o ciclone extratropical, que é quando a forte tempestade ocorre em regiões mais afastadas do Equador. Foi um ciclone desse tipo que atingiu a região Sul do Brasil nas últimas semanas.

As tempestades tropicais também ocupam diferentes categorias conforme a força dos ventos. A escala de Saffir-Simpson considera os seguintes níveis:

  • Nível 1: entre 119 a 153 km/h
  • Nível 2: entre 154 e 177 km/h
  • Nível 3: entre 178 e 208 km/h
  • Nível 4: entre 209 e 251 km/h
  • Nível 5: acima de 252 km/h

A Agência Meteorológica do Japão chama de supertufão as tempestades tropicais que passam de 185 km/h.

PUBLICIDADE