O morador em situação de rua Junio César da Costa Leal, de 49 anos, foi vítima de uma tentativa de homicídio após ser atingido por um golpe de faca no peito na noite desta segunda-feira (30). O crime ocorreu na rua João Câncio, no bairro Estação Experimental, em Rio Branco. Horas depois, ele voltou a ser agredido e precisou retornar ao hospital.
Segundo informações da polícia, Junio, que possui baixa visão, caminhava pela rua João Câncio quando foi abordado por outro morador em situação de rua. A abordagem deu início a uma discussão entre os dois. Irritado, o acusado usou uma faca para desferir o golpe que atingiu o peito da vítima. Após a agressão, o suspeito fugiu do local.
Para tentar sobreviver, Junio correu até um pequeno comércio de churrasquinho localizado no cruzamento das ruas João Câncio e Nações Unidas, onde pediu ajuda. Populares prestaram assistência e acionaram a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Uma ambulância de suporte avançado foi enviada ao local, prestou os primeiros atendimentos à vítima e a encaminhou ao pronto-socorro de Rio Branco. Seu estado de saúde foi considerado estável.
Horas depois de ser atendido, Junio recebeu alta médica. Porém, a poucos metros do pronto-socorro, foi novamente agredido e ficou desacordado. O segundo ataque ocorreu na rua Nações Unidas, quando ele foi abordado e brutalmente espancado.
Três moradores em situação de rua que passavam pelo local ajudaram a vítima e correram até a unidade de saúde para pedir socorro. O Samu foi acionado novamente e, após uma avaliação médica, Junio foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Baixada, onde recebeu atendimento e teve alta posteriormente.
Policiais militares do 1º Batalhão colheram informações na tentativa de localizar o acusado, que não foi encontrado até o momento.
Ainda de acordo com a polícia, Junio possui diversas passagens pela polícia e, no momento em que recebia atendimento do Samu, estava com uma faca na cintura. O objeto foi apreendido pela PM.
Agentes da Polícia Civil, integrantes da Equipe de Pronto Emprego (EPE), também realizaram os levantamentos iniciais. O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).