Sindicato classifica como “atentado” crime cometido por delegado no DF

Mikhail Rocha e Menezes, 46 anos, atirou contra a esposa, a empregada e uma enfermeira de um hospital particular. Ele foi preso em seguida

O Sindicato Brasiliense de Hospitais, Casas de Saúde e Clínicas (SBH) emitiu, nesta quinta-feira (16/1), nota de repúdio sobre o ataque contra três mulheres cometido pelo delegado Mikhail Rocha e Menezes, 46 anos. O comunicado “lamenta profundamente” o ocorrido.

Delegado Mikhail Rocha e Menezes/Foto: Montagem sobre fotos de Vinicius Schimidt e Hugo Barreto/Metrópoles

O texto classifica o crime como “atentado à dignidade humana”. “O episódio ocorrido, envolvendo um delegado afastado da Polícia Civil, não apenas expõe as mulheres a riscos inaceitáveis, mas também atinge a segurança de todos os profissionais que dedicam suas vidas ao cuidado do próximo, a exemplo do ocorrido com a chefe de enfermagem ferida durante o exercício de sua profissão”, afirma o SBH.

Imagens do local/Foto: Reprodução

“Reiteramos nosso compromisso inabalável com a defesa da vida, da segurança e do respeito a todas as pessoas, em especial às mulheres que enfrentam diariamente a realidade da violência de gênero.”

Por fim, o sindicato se solidariza com as vítimas e “toda a comunidade impactada por este ato de violência”.

Entenda a linha do tempo do ocorrido:

  • Por volta das 9h10 desta quinta-feira (16/1), o delegado Mikhail atirou contra a esposa, Andréa Rodrigues Machado e Menezes, 40 anos, e a empregada da família, Oscelina Moura Neves de Oliveira, 45;
  • Minutos depois, ele e o filho, de 7 anos, saíram do Residencial Santa Mônica, no Setor Habitacional Tororó, em um Volkswagen Polo preto;
  • Os dois seguiram rumo ao Pronto-Socorro do Hospital Brasília, no Lago Sul, onde o delegado atirou contra a supervisora de enfermagem Priscilla Pessôa Rodrigues, 45;
  • Mikhail teria disparado após chegar e exigir atendimento de saúde para o filho, que estaria vomitando;
  • O delegado fugiu do hospital e, por volta das 10h, foi preso em flagrante pela PMDF, que conseguiu rastrear o veículo do agressor ainda no Lago Sul;
  • O delegado e demais testemunhas ligadas ao caso foram levados à Corregedoria da PCDF para prestar depoimento. As informações eram de que o policial civil estaria em surto;
  • Andréa, esposa de Mikhail, está internada em um hospital particular; a empregada Oscelina está no Hospital de Base; e a enfermeira segue no Hospital Brasília.
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