Depois dos 60: comerciante e médica se apaixonam e provam que nunca é tarde para amar

Ambos garantem que nunca sofreram preconceito por viver esse amor na maturidade. Ao contrário: foram sempre apoiados por amigos e familiares

Não existe idade ou momento certo para viver um grande amor. A história do casal Antônio Carlos Calegário e Célia Ferreira, de 61 e 70 anos, respectivamente, é a prova mais bonita disso. Em homenagem ao Dia dos Namorados, comemorado nesta quarta-feira (12), o ContilNet conversou com os dois, que vivem uma história marcada por companheirismo, afeto e recomeços.

Após relacionamentos longos e uma vida dedicada aos filhos, Antônio e Célia decidiram abrir o coração para o amor novamente. Tudo começou de forma simples e encantadora: em uma festa, em agosto de 2017, o comerciante teve a coragem de convidar a médica para dançar. Estavam cercados por amigos em comum quando foram apresentados.

Carlos Calegário e Célia Ferreira, de 61 e 70 anos, respectivamente/Foto: Reprodução

“Nós dançamos. Ele demonstrou interesse, mas, sinceramente, eu não estava muito interessada no começo”, conta Célia, rindo. “Foi ele quem insistiu. Com o tempo, fomos nos conhecendo melhor. Conheci a família dele, conheci ele aos poucos.”

Antônio relembra com carinho o momento: “Estávamos numa festa, e eu a convidei para dançar. Ela dança muito bem, e eu adoro dançar. A partir daí, começamos a conversar e nos aproximar.”

Na época, Célia já havia sido casada, e Antônio havia perdido a esposa recentemente. “Ele estava viúvo, tinha acabado de perder a esposa e ainda estava muito sensibilizado”, recorda ela.

Mas foi justamente a sensibilidade e o cuidado de Antônio que a conquistaram.

“Ela é uma mulher linda, educada, muito querida pelos meus amigos… Dançava bem e tinha um charme natural que me chamou atenção. No início, eu não pensava em namorar ninguém, estava de luto. Mas as coisas aconteceram naturalmente. O jeito como ela me tratava, com gentileza, e o modo como eu a tratava também… Tudo isso fez com que nos aproximássemos”, disse o comerciante, emocionado.

Célia se encantou pela atenção e dedicação do parceiro, especialmente em relação à família. “Ele falava muito da esposa, com respeito e carinho. Isso foi importante, porque ele nunca tentou apagar a história anterior — pelo contrário, mostrava o quanto era apaixonado por ela. Isso demonstrava sensibilidade e integridade.”

O casal com as três filhas e a sobrinha de Antônio Carlos/Foto: Reprodução

Ambos garantem que nunca sofreram preconceito por viver esse amor na maturidade. Ao contrário: foram sempre apoiados por amigos e familiares.

“Eu nunca dei muita importância pra esse tipo de julgamento”, disse Célia, com firmeza. “Sempre tive apoio das pessoas próximas.”

Antônio completa: “Minha família sempre respeitou minhas decisões. Meus amigos também. Nunca me deixei abalar por críticas. Tenho minhas convicções e sigo o que acredito.”

Quando perguntada sobre o que Antônio representa em sua vida, Célia responde com ternura:

“Além de namorado, ele é um amigo, um cúmplice, um confidente. É meu porto seguro. Uma pessoa em quem confio.”

Depois dos 60: comerciante e médica se apaixonam e provam que nunca é tarde para amar/Foto: Reprodução

A recíproca é mais do que verdadeira:

“A Célia é minha companheira. Uma pessoa excepcional. Me ouve, me aconselha, me apoia. É maravilhoso, especialmente nessa fase da vida, ter alguém com quem compartilhar os bons momentos. Eu não gosto da ideia de estar só. E ter alguém como ela ao meu lado é um presente.”

Juntos há oito anos, o casal acredita que o segredo para manter um relacionamento duradouro está em atitudes simples, mas profundas.

“Aprendi que, quando você escolhe estar com alguém, não é só para ser feliz, mas para fazer o outro feliz. Quando os dois estão dispostos a se doar, a relação floresce. É investir no outro com o que você tem de melhor”, explica Célia.

Antônio concorda:

“É um conjunto: cumplicidade, amor, paciência, compreensão. Tem que haver amizade verdadeira, respeito e honestidade. Não existe fórmula única — é o todo que sustenta.”

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