Mudança no leito do Rio Juruá poderá deixar Porto Walter e Marechal Thaumaturgo isolados

Um fenômeno natural chamado de “mudança na morfologia de meandros do rio” tem causado consequências desagradáveis para os moradores de Porto Walter e Marechal Taumaturgo e para os ribeirinhos que moram ao longo do rio Juruá.

Com a mudança do leito do Rio Juruá e a seca da volta que fazia o afluente, a população dos municípios pode ficar sem acesso fluvial.

Balsa está parada há cerca de dez dias no Rio Juruá/Foto: ContilNet

Um morador do local, em entrevista ao ContilNet, disse que ao retornar de Porto Walter nesta sexta-feira (19), se deparou com o que os populares costumam chamar de “furo”.

“O rio cortou a volta que dava. A parte antiga está com pouca água e o novo curso está raso. As balsas que abastecem os municípios de combustíveis e alimentos não passam lá de jeito nenhum”, explicou.

O entrevistado disse ainda que uma balsa com combustível está parada há mais de uma semana no local, sem conseguir chegar ao município.

“O rio está baixando cerca de 5 cm por dia e a situação pode ficar cada vez pior”, disse.

https://youtu.be/l6ekdTOidr4

Quando questionado sobre o que poderia resolver a situação, o morador respondeu que apenas uma escavadeira pode retirar a areia que está concentrada no meio do rio, impedindo a passagem da água.

O prefeito Zezinho Barbary, procurado pela nossa reportagem, informou que a situação é complexa e que já está buscando a ajuda do governo do estado para solucionar o problema. Barbary explicou ainda que apenas os barcos de pequeno porte estão indo para os municípios. As balsas que levam alimentação também estão impedidas de passar.

A secretária de Comunicação, Silvania Pinheiro, disse ao ContilNet que o governador Gladson Cameli estará enviando esta semana duas equipes do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil para fazer um estudo do fenômeno e tentar resolver o problema.

https://youtu.be/kYji2dZHErs

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