A igreja de Santi Apostoli em Roma há muito afirma ter os restos mortais de dois dos apóstolos de Jesus, São Tiago e São Filipe, mas uma nova investigação científica sugere fortemente que esses antigos pedaços de ossos não são tão “sagrados” como se pensava.
Uma datação mostrou que parte dos ossos dos ‘apóstolos de Jesus’ na verdade pertencem a um indivíduo que viveu séculos depois do santo, segundo um estudo publicado na revista Heritage Science.
Os ossos podem ser encontrados em Santi Apostoli em Roma, uma igreja católica romana do século VI que foi construída em homenagem a São Filipe e São Tiago, o Jovem, este último dos quais alguns estudiosos acreditam ser irmão ou parente próximo de Jesus Cristo.
Pouco resta dos esqueletos hoje, mas a coleção inclui uma tíbia e um pé atribuídos a São Filipe e um osso do fêmur atribuído a São Tiago.
Os pesquisadores analisaram os ossos dos dois indivíduos, um se mostrou demasiado jovem para pertencer a um apóstolo de Jesus, já os restos mortais do outro individuo estavam muito deteriorados para oferecerem uma datação confiável.
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Ainda não está claro a quem esses ossos em Santi Apostoli pertenceram, mas aparentemente, eles foram de alguma forma recolhidos por engano no processo de mover os restos de um lugar para outro ao longo dos séculos.
“Consideramos muito provável que quem mudou este fémur para a igreja de Santi Apostoli acreditou que pertencia a São Tiago. Eles devem ter tirado de um túmulo cristão, por isso pertencia a um dos primeiros cristãos, apóstolo ou não ”, disse Kaare Lund Rasmussen, autor do estudo e professor associado do Departamento de Física, Química e Farmácia da SDU, em um comunicado.
Fonte: SOCIENTIFICA