25 de abril de 2024

Médico diz que não há explicações para 80% das mortes em maternidade de Rio Branco

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11139718 866854873395279 982795213 nO gerente assistente da Maternidade Bárbara Heliodora e Hospital da Criança, Edvaldo Amorim Marcelo, afirmou em entrevista a ContilNet Notícias que mais de 80% das mortes de bebês prematuros não se tem explicação. Somente nos meses de janeiro e fevereiro deste ano 29 mortes foram registradas no Estado.

Nas últimas semanas foram registradas várias denúncias de mortes de bebês prematuros na principal maternidade pública de Rio Branco que gerou revolta por parte de setores da sociedade.

Segundo a gerente geral da Maternidade e Hospital da Criança, Rossana Oliveira, a maioria dos casos de morte registrada é decorrente da falta de acompanhamento de pré-natal, mães que utilizam bebida alcoólica, drogas entre outros problemas que afetam a gestação.

De acordo com Rossana, muitas das mortes ocorrem devido à falta da atenção primária com relação ao acompanhamento do pré-natal.

A direção da maternidade também destaca que a maioria das mortes de recém-nascidos é causada por diversos fatores e não somente pelo atendimento realizado pela equipe médica.

“Muitas vezes as mulheres não realizam o acompanhamento e não seguem as orientações médicas para que se tenha uma gestão assistida. A maternidade atende todos os pacientes que chegam, mas muitas vezes as grávidas chegam aqui com o bebê já morto no útero e infelizmente a maternidade tem que registrar o óbito. Mas isso não quer dizer que é culpa ou morreu por falta de atendimento. Nossa equipe é preparada, temos profissionais se capacitando em cursos corriqueiramente em outros estados. Algumas mortes são decorrentes de outros fatores e não pelo atendimento”, explica Rossana.

Para o médico Edvaldo Amorim, 80% das mortes de bebês prematuros não se tem explicação pelo fato de ocorrerem por vários fatores fora do controle da medicina no momento do parto, e que nenhuma unidade, por mais que conte com os equipamentos mais modernos, garante a sobrevivência do recém-nascido.

“A estatística diz que morre criança na formação, nos primeiros meses na barriga, outros ao nascer. As crianças morrem também não por falta de pré-natal, acompanhamento, morrem pela situação natural da vida. Existe um pensamento equivocado que a mulher engravidou e o filho tem que nascer vivo”, disse Amorim.

A maternidade hoje, de acordo com informações obtidas da gerente geral, atende em média de 200 a 300 gestantes todos os dias. Mas, mesmo com a intensa procura, os atendimentos estão sendo realizados, afirma Rossana.

“Contamos com duas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), sendo uma neonatal e outra pediátrica para garantir os atendimentos e procedimentos necessários para garantir a vida dos bebês”, destacou gerente.

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Programa Rede Cegonha

A maternidade de Rio Branco trabalha também com o programa chamado de “Rede Cegonha” que capta recursos garantindo melhor atendimento às gestantes e aos bebês.

A gerente informa ainda que o trabalho de humanização e dialogo com os seguimentos são debatidos no Fórum Perinatal que reúne as equipes da maternidade, unidades de saúde de Rio Branco e municípios do interior, hospital Santa Juliana e demais instituições parceiras; ajudando nas discussões para o melhoramento dos atendimentos da mulher e da criança.

 

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