Rachada, cúpula do PMDB articula para manter comando do Senado

A cúpula do PMDB acredita que somente na segunda quinzena de janeiro surgirão candidaturas que tentarão interromper a continuidade do partido na presidência do Senado, mas sem muita força política.

Nas contas da legenda, o cenário – costurado ao longo de meses de negociação – está favorável à eleição do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), favorito para suceder Renan Calheiros (PMDB-AL).

Na avaliação de senadores peemedebistas, mesmo com o desgaste gerado neste ano na relação entre PMDB e PT, 80% dos parlamentares petistas devem votar em Eunício ou em outro eventual candidato do partido.

Quem será o sucessor de Renan? /Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Além disso, o PMDB conta, até o momento, com o apoio integral dos 12 senadores do PSDB para manter o comando do Senado nos próximos dois anos.

Nem mesmo o avanço da Lava Jato ou a delação da Odebrecht – na qual a cúpula do PMDB é citada – trouxe temor ou maior preocupação na cúpula peemedebista em torno de uma derrota na eleição de fevereiro.

O ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho detalhou, em seu pré-acordo de delação premiada, como supostamente repassava propina a integrantes da cúpula do PMDB do Senado em troca de apoio a propostas de interesse da empreiteira.

Melo Filho trouxe informações sobre o que chamou de “núcleo dominante” do PMDB no Senado, a cúpula formada por Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR) e Eunício Oliveira (CE). Os três negam as acusações.

De fato, a disputa política na Casa na política passará por esses três nomes. Reportagem do jornal “O Globo” publicada nesta semana afirmou que Renan ainda trabalha por uma candidatura de Jucá para a presidência do Senado. A intervenção do alagoano no processo eleitoral gerou um racha no partido.

Mesmo com essas novas cartas na mesa, peemedebistas continuam otimistas. Com a ajuda do presidente Michel Temer, eles acreditam até em uma chapa única que manteria o Senado por mais dois anos no comando do partido. Isso após a “Era Renan” e a “Era Sarney”.

Com um brevíssimo hiato na mão de Tião Viana (PT) por dois meses em 2007, quando Renan deixou o cargo em meio a um escândalo, desde 2001 a legenda está à frente da presidência da Casa.

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