Após deixar prefeitura, Marcus Alexandre apresentará estilo ‘madrugador’ a eleitor do interior

O prefeito de Rio Branco e pré-candidato ao governo pelo PT, Marcus Alexandre, terá as cidades do interior como seu principal foco de atuação nos primeiros dias após largar o mandato na sexta-feira (6). Tão logo passe a gestão da capital para Socorro Neri (PSB), o petista arrumará as malas para mostrar a cara ao eleitorado das 22 cidades acreanas.

“Estes primeiros 45 dias serão dedicados para a gente fazer essas agendas no interior, ouvindo lideranças, moradores, empresários. A partir daí, claro, a Frente Popular se reúne para elaborar o plano [de governo] a partir do que ouvirmos dessas pessoas”, afirma Marcus Alexandre.

A estratégia é apresentar Marcus, sobretudo, às lideranças destas cidades, já que o foco do engenheiro sempre esteve em Rio Branco. Apesar de a capital e ser o maior colégio eleitoral do estado, a cúpula petista sabe que, sozinha, ela não define o futuro governador. Nem mesmo a reeleição folgada de Marcus ainda no primeiro turno há quase dois anos é sinal do “já ganhou”.

Os governistas também têm outro temor: a força do principal adversário de Marcus, o senador Gladson Cameli (PP), nas cidades do interior, sobretudo Cruzeiro do Sul e as vizinhas do Juruá, que, juntas, concentram o segundo maior colégio acreano. A tradição política da família Cameli no Juruá é a principal força do progressista.

 

Além disso, a região, historicamente, foi refratária a candidatos petistas. Em 2014, porém, o governador Tião Viana conseguiu ser o mais bem votado em Cruzeiro do Sul. Saber se sua criação, Marcus Alexandre, terá o mesmo protagonismo é incerto, ainda mais tendo como adversário um Cameli.

É certo que Marcus Alexandre terá que gastar muita sola de sapato subindo e descendo as ladeiras da segunda maior cidade acreana. Na capital, o prefeito ficou conhecido por ser o “madrugador” e andar com os sapatos sujos de lama visitando os bairros da periferia.

O estilo lhe rendeu certa popularidade, mesmo com a cidade enfrentado uma das piores crises em sua infraestrutura, com muitas vias intrafegáveis por conta da buraqueira. O mesmo “jeitão”, agora, precisa ser vendido ao eleitorado do interior.

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