Reforma da Previdência foi uma vitória do Brasil que quer ser rico, diz Marcio Bittar

Há décadas, infelizmente, convivemos com baixo crescimento econômico, inflação descontrolada, juros estratosféricos, desemprego perene, informalidade no mercado de trabalho, gasto público desordenado, presença de estatais que são cabides de empregos ultra bem remunerados e antros de corrupção, ineficiência no atendimento à população com serviços essenciais, casta de funcionários públicos privilegiados quando ativos e inativos e outras mazelas.

O auge recente de tanta disfuncionalidade foi atingido pela ex-presidente Dilma Rousseff. Ela, além de não enfrentar os persistentes problemas, resolveu desafiar todas as leis da economia e o desastre foi inevitável. A inflação ultrapassou o teto da meta, a taxa básica de juros acelerou, o desemprego aumentou drasticamente, o déficit fiscal explodiu, o risco Brasil foi ao cume e o PIB definhou: o país quebrou em mãos petistas.

O impeachment da presidente, em 31 de agosto de 2016, desencadeou o longo processo de recuperação e modernização do Brasil. O governo Temer avançou significativamente com a reforma do teto de gastos, com a permissão da terceirização e com a reforma trabalhista. Ainda, preparou o terreno para a venda de estatais. Não teve condições concretas de fazer a reforma da previdência, mas a recolocou na agenda política nacional.

Com as eleições de 2018, dois projetos foram confrontados: o velho estatismo petista e a possibilidade de um governo liberal. Com a vitória de Bolsonaro, a agenda liberal tomou corpo e começou a ser efetivada sob a liderança do ministro Paulo Guedes e o apoio do presidente.

A primeira grande reforma foi a da previdência e aconteceu em menos de um ano de governo. Sucesso retumbante! Calcada em combater os privilégios, a reforma, inusitadamente, ganhou a opinião pública e se impôs como uma necessidade para embasar a volta do crescimento e a amenização dos gastos públicos. Foi uma vitória do Brasil que quer ser responsável e rico. A previdência foi profundamente reformada apesar das vozes da demagogia, do atraso e da defesa ignóbil de privilégios.

Coube a mim a relatoria de outra importante reforma denominada de pacto federativo. É uma honra poder contribuir de forma efetiva com o desafio de modernizar o país e cultivar as melhores práticas institucionais. A PEC do Pacto Federativo, em essência, faz cumprir a promessa de mais Brasil, menos Brasília.

Eis alguns temas vitais reformados pela PEC que relatarei no Senado Federal: direito ao equilíbrio fiscal intergeracional como um dos direitos sociais; diminuição de gastos com representação política de municípios pequenos e inviáveis; transferência de parte dos recursos da União no resultado da exploração de petróleo, gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais para estados e municípios; moralização do serviço público; reorganização e racionalização dos documentos orçamentários; novas normas orçamentárias para promoção da responsabilidade fiscal; desvinculação do orçamento para obter maior liberdade de gestão e maior responsabilização; qualificação e racionalização do gasto público, dentre outras importantes medidas.

Ouviremos todos os segmentos da sociedade diretamente afetados com a PEC do Pacto Federativo e trabalharemos com dados e projeções técnicas para evitar exageros e possíveis erros de interpretação. O que está em jogo é o futuro do Brasil. Queremos um país próspero, moderno, com serviços essenciais eficientes, gastos controlados e economia livre de incentivos negativos. É um sonho que começa a se concretizar. Outras reformas ainda serão cruciais para os objetivos expostos. A reforma tributária e administrativa são exemplos do quanto ainda teremos que caminhar. Novamente, é uma honra participar de maneira central na boa aventura de modernizar o Brasil.

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