“90% de certeza”, diz vice-governador Major Rocha sobre ida para o PSL

O vice-governador do Acre Major Rocha deve deixar o PSBD após 12 anos de filiação para encampar as fileiras do PSL. As tratativas foram feitas em Brasília com o presidente nacional da legenda, Luciano Bivar.

Segundo o tucano, há “90% de certeza” sobre sua ida ao partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele ficou de dar a resposta para Bivar até quarta-feira da semana que vem.

Com a troca de legendas, o PSL ganharia a vice-governança do Acre, uma importância que nunca teve no estado. Não houve rompimento de Rocha com seu antigo partido.

Em entrevista coletiva na tarde desta quarta (24), o ex-militar informou que sempre teve uma simpatia “muito grande” pelo PSL e seu “namoro” com o partido começou desde que o PSDB passou a apoiar o ex-presidente Michel Temer, ideia à qual ele, na época deputado federal, se opôs. Porém, com a chegada de Bolsonaro, ele preferiu permanecer na agremiação.

“Tenho grandes amigos no PSL, entre eles o Bivar. Quero fortalecer a sigla no Acre. Tirá-la do limbo e colocá-la em pé de igualdade com os demais partidos”, disse.

Rocha negou que tenha sido ele a fazer a proposta de filiação a Bivar em troca de um suposto controle da agremiação para favorecimento da pré-candidatura do tucano Minoru Kinpara à prefeitura de Rio Branco.

No entanto, admitiu que a troca de siglas pode ensejar na construção de alianças entre PSL e PSDB com vistas às eleições municipais deste ano. “Ainda haveria muitos diálogos para elaboração de consenso”.

O ex-reitor da Universidade Federal do Acre (Ufac) até o momento está isolado em alianças na pré-disputa, embora lidere as pesquisas de intenção de voto feitas até então.

A ida de Rocha para o PSL certamente o colocaria em posição de liderança no partido. A possibilidade desagradou a diretoria estadual da sigla. Um site local afirmou que Valério havia dito que estão tentando tomar a legenda de forma sorrateira. A página no Facebook do PSL acreano compartilhou a notícia e comentou: “jogo sujo”.

Outro portal publicou uma nota atribuída ao presidente dizendo que haverá desfiliação em massa caso Rocha entre para o partido. Porém, a assessoria do PSL negou a declaração.

Rocha e Valério conversaram na terça (23) e o atual dirigente da sigla tem consultado seus correligionários para decidirem o que fazer.

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