Facção expulsa família e ameaça atear fogo na casa de homem que degolou filho de 5 anos

A família de Cristiano Lima Arsênio, 30 anos, o homem que matou o próprio filho de 5 anos, em Rio Branco, foi expulsa da residência onde o crime aconteceu, e criminosos ainda tentam colocar fogo na casa.

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A equipe de reportagem ContilNet conseguiu falar com a irmã de Cristiano. Ela preferiu não se identificar e disse que a família teve que deixar a residência que foi palco do crime que chocou a população acreana.

A casa é alugada e a esposa de Cristiano, juntamente com o outro filho do casal, tiveram que deixar a moradia por ordem de uma facção criminosa que queria atear fogo na residência com todos os móveis e pertences dos moradores dentro. A família também teme que o homem seja solto e executado pelos criminosos.

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“A própria família tem medo que ele seja transferido para fazer um tratamento ou futuramente ele ser solto, porque ele está sendo ameaçado. A esposa dele, mesmo não tendo nada a ver com toda essa situação, teve que sair dentro de casa com outro bebê. A mãe dela chegou na casa para pegar as coisas, eles (membros da facção) não quiseram deixar ela pegar, eles queriam tocar fogo na casa. Um vizinho que ainda ajudou tirar as poucas coisas que a esposa tinha.”

A mulher afirma ainda que a esposa não teve nada a ver com o crime e que também esta correndo riscos. “Foi tentado tocar fogo na casa onde ela morava, ela teve que sair com a outra criança, porque meio dessa situação as pessoas julgam, mas ela não tem nada a ver e que es´ta sofrendo é ela que tem outro bebê para criar. Sei que ele (Cristiano) foi errado, mas ninguém imaginava uma coisa dessa. A tragédia poderia ter sido maior, e que ele realmente não tava em si, ele poderia ter matado a esposa, ter matado a outra criança. Aí o pessoal fica divulgando a imagem (da esposa de Cristiano) e agora até a esposa fica correndo riscos de vida. O pessoal fica julgando ela, pensando que ela tem culpa de alguma coisa”, disse.

A irmã de Cristiano afirmou ainda que o irmão é uma boa pessoa, mas estava passando por problemas psiquiátricos. “Como irmão, ele sempre foi uma ótima pessoa, ele sempre foi um bom filho, como pai ele nunca encostou um dedo nos filhos dele. Sempre foi um bom marido. Aqui no bairro todo mundo sabe que ele tinha passado por esse problemas psiquiátricos. Ele morava no carandá, mudou para aquela casa na Bahia Nova. Ele passou duas semanas de surto, até não reconhecia da ninguém da família. Ele fez um tratamento com psiquiatra, o médico viu que ele estava bem e liberou, complementou.

Por ele ser uma pessoa evangélica, ela disse que acreditava que Deus tinha curado o irmão e ele voltou para igreja. “Ultimamente, Cristiano tinha se afastado da igreja e voltou a usar drogas. Ele tentou voltar para igreja de novo ele teve esse surto, novamente ninguém tava esperando”, finalizou a irmã.

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