Novo recorde de casos na Itália: Mais 21.994 infectados em 24 horas

A Itália registrou nesta terça-feria um novo recorde de casos diários confirmados de Covid-19. De acordo com a autoridades italianas, foram reportadas nas últimas 24 horas mais 221 mortos e 21.994 infectadosno país. Este é o maior número deinfecções registradas até agora, embora estejam a ser realizados muito mais testes do que no início da epidemia, emfevereiro, com 174.000 desde segunda-feira.

No espaço de um dia, verifica-se um aumento de 4,1% dos casos diários e de 0,6% nas mortes diariamente registradas associadas ao novo vírus.

Com esta atualização, a Itália passa a somar, no total, 564.778 contágios e 37.700 óbitos, desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas, foram ainda dadas como recuperadas da Covid-19 mais 3.362 pessoas, elevando o número total para 271.988.

A situação nos hospitais é particularmente preocupante. Das 255.000 pessoas doentes comcovid-19 na Itália, 15.366 estão hospitalizadas (mais 1.085 do que segunda-feira) e 1.411 requerem cuidados intensivos (mais 127).

De qualquer forma, odiretorde Prevenção do Ministério da Saúde, GianniRezza, explicou que apesar da tendência de aumento, a “ocupação das Unidades de Cuidados Intensivos está ainda abaixo do nível de alerta” porque foram reforçadas nos últimos meses.

As regiões maisafetadas continuam sendo a Lombardia, com mais de 5.000 novasinfecçõesdesde segunda-feira, a maioria na capital Milão, e Campânia, com cerca de 2.700 casos.

Com estes dados, a Itália, em estado de emergência até 31 dejaneirode 2021, mantém fechados cinemas, teatros e salas de concertos, a educação à distânciatem sido promovida e reduziu os horários de funcionamento de bares e restaurantes até às 18:00.

Estas são algumas das medidas decretadas pelo Governo no último domingo, em vigor até 24 denovembro, e que têm gerado protestos nosetorda cultura e restauração.

Na segunda-feira à noite, houve fortes motins em cidades como Turim e Milão, que estão sendo investigados se foram provocados por grupos ultra ou neofascistas.

Também hoje surgiram manifestação nas principais cidades do país: em Nápoles protestaram os taxistas, em Roma os donos de academias e centros desportivos, enquanto os empresários de restaurantes o fizeram em várias partes do país. O assessor do Ministério da Saúde, Walter Ricciardi, defendeu hoje como “necessário” oconfinamentode Milão e Nápoles, principais fontes de contágio.

PUBLICIDADE