Se você se deparar com algo no céu na noite de Natal, saiba que pode não ser o Papai Noel e suas renas. Mas sim um asteroide maior do que a Estátua da Liberdade e capaz de ser tão grande quanto dois campos de futebol. Calma! É brincadeira. Não será possível ver a passagem do asteroide.
Mas saiba que a rocha espacial passará a cerca de 3 milhões de quilômetros da Terra, o que é tecnicamente próximo, segundo os cientistas. Para alívio de todos, não há risco de colisão com nosso planeta.
Pode parecer uma distância muito grande, mas isso é pouco menos que oito vezes a distância entre a Terra e a Lua, o que classifica o objeto como “potencialmente perigoso” pela Nasa, segundo informações da Fox News.
Aqui é bom esclarecer que a agência espacial norte-americana usa vários parâmetros para determinar o quão próximo da Terra os asteroides passam. O termo “potencialmente perigoso” serve mais como um sinalizador científico do que uma ameaça neste caso— até 2018, por exemplo, existiam mais de 18 mil Objetos Próximos da Terra (NEO, na sigla em inglês) detectados.
Voltando ao “asteroide de Natal”, a rocha espacial, batizada como 501647 (2014 SD224), deve chegar ao ponto máximo de aproximação do nosso planeta por volta das 17h20 (horário de Brasília) do dia 24 de dezembro.
De acordo com dados do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (Cneos), da Nasa, o asteroide tem um diâmetro entre 92 metros e 210 metros, o que seria bem maior do que a altura da Estátua da Liberdade (92,9 m – EUA), da Elizabeth Tower —Torre do Big Ben— (96 m – em Londres) e a quase dois campos de futebol.
Descoberto em setembro de 2014, o 501647 (2014 SD224) viaja a uma velocidade de 35 mil km/h, ou seja, mais de 28 vezes a velocidade do som.
De acordo com dados do Cneos, o mesmo asteroide se aproximou da Terra pela última vez em 26 de janeiro de 2020. A próxima “visita” perto do nosso planeta acontecerá no dia 18 de dezembro de 2021.
Outros dois asteroides também vão passar próximo à Terra entre hoje e amanhã. São as rochas espaciais chamadas 2020 XY e 2020 YM1. Eles também não representam ameaça para a Terra.