Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde, confirmou que a festa de Carlinhos Maia foi fonte de infecção para o coronavírus. Ele disse na última sexta-feira (25) que o humorista pode ser responsabilizado por crime sanitário. O deputado federal (PT-SP) se mostrou indignado com o influenciador, que fez um evento para centenas de pessoas em meio a uma pandemia.
“Confirmada a relação entre fonte de infecção e evento. É uma irresponsabilidade sem tamanho. E, dependendo de quais eram as regras sanitárias locais estabelecidas, pode sim ser classificado como um crime sanitário”, escreveu o político em seu Twitter.
Após ser divulgado que 47 funcionários do Natal da Vila teriam testado positivo para a Covid-19, além da influenciadora digital Mileide Mihaile, foi criado um abaixo-assinado na web para que ele seja punido por causar aglomeração. Até às 8h da manhã deste sábado (26), a petição que pede mil assinaturas já tinha o apoio de 928 pessoas e está disponível neste link.
Por volta das 13h30, a campanha já tinha conseguido arrecadar aproximadamente 2.000 assinaturas.
No Instagram, Carlinhos Maia evitou falar sobre o assunto, mas usou a declaração de Ana Souza, organizadora do evento, para se defender.
“Não foi isso que recebi de feedback dos fornecedores e seus colaboradores que trabalharam. Recebi vídeos agradecendo e, principalmente, mostrando a feira, os presentes e tudo o que puderam comprar [com o dinheiro recebido da festa] e festejar com seus familiares”, escreveu ela.
Ele também rebateu com deboche as pessoas que o criticaram por promover a festa nas redes sociais, incluindo o youtuber Felipe Neto e o comediante Rafinha Bastos.
O Notícias da TV procurou a organizadora da festa para saber mais detalhes sobre a situação dos funcionários, mas não obteve resposta até a publicação do texto.
Na época em que anunciou o evento, Carlinhos Maia se defendeu ao dizer que tinha como objetivo gerar empregos para quem foi prejudicado pela pandemia. Ele também tinha dito que seguiria todos os protocolos de saúde na festa. No entanto, quem acompanhou os vídeos do evento criticou a aglomeração das pessoas, que inclusive estavam sem máscaras.