Governo federal aprova 67 agrotóxicos; sete são extremamente tóxicos para o ser humano

O Ministério da Agricultura (Mapa) publicou esta quinta-feira, no Diário Oficial, o registro de 67 novos agrotóxicos, sendo sete considerados “extremamente tóxicos” pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Desde o início do governo Bolsonaro, 590 produtos com esta finalidade foram aprovados. A conta refere-se apenas aos artigos que podem ser vendidos para os produtores rurais.

O registro de agrotóxicos aumentou vertiginosamente no governo Bolsonaro comparado ao visto no início dos mandatos de seus antecessores. No primeiro biênio do governo Lula (2003-2004), foram aprovados 117 produtos formulados.

Este índice saltou para 188 nos dois primeiros anos da presidência de Dilma Rousseff (2012-2012). E, no mandato de Michel Temer (2017-2018), 470 agrotóxicos chegaram pela primeira vez aos produtores rurais.

Dos novos produtos, 24 foram considerados tóxicos — sete receberam a categoria máxima, de “extremamente tóxicos”.

A Anvisa, responsável pela classificação, considera tanto o impacto da exposição dos aplicadores de agrotóxicos quanto o de riscos de resíduos que, porventura, podem ser encontrados nos alimentos tratados.

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Além disso, 54 produtos do novo lote, ou 80% do total, são considerados perigosos ou muito perigosos ao meio ambiente, contendo substâncias que podem, entre outros efeitos, atingir águas subterrâneas ou provocar a morte de organismos marinhos. O índice é medido pelo Ibama.

 

(Foto: Raquel Rigotto/Infoglobo)

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