O governo da Guiné confirmou neste domingo (14) a existência de uma epidemia de Ebola no sudeste do país, com pelo menos sete infecções e três mortes, naquele que é o primeiro surto do vírus nesta região desde a epidemia entre 2014 e 2016 na África Ocidental, que deixou pelo menos 11,3 mil mortos.
“A primeira investigação realizada contabilizou sete casos, todos com mais de 25 anos (quatro homens e três mulheres), entre os quais (há) três óbitos (…) As três primeiras amostras enviadas para os laboratórios de Gueckedou e Conakri foram positivos para o Ebola”, disse a Agência Nacional de Segurança Sanitária (ANSS) do governo local, em um comunicado.
Consequentemente, o Ministério da Saúde guineense declarou oficialmente a existência de uma epidemia no sudeste do país e confirmou medidas como a implementação de protocolos de rastreamento e isolamento, bem como uma “aceleração” dos esforços do país, juntamente com a Organização Mundial da Saúde (OMS), sobre vacinação contra o Ebola.
Este novo surto foi detectado na zona de Gouecke, perto da cidade de N’Zerekore (sudeste), e as suas origens remontam, até ao momento, ao funeral de uma enfermeira que faleceu no final de janeiro.
A informação de que foram detectados vários óbitos e suspeitas de infecções por Ebola no país já tinha sido levantada ontem pelo ministro da Saúde, Remy Lamah, de acordo com testes iniciais que estavam à espera de serem reconfirmados hoje nos laboratórios de Conakri.
Com esses dados, a OMS já havia manifestado hoje sua preocupação com o possível ressurgimento do ebola nesta área tão afetada.