O prefeito de Manaus, David Almeida, disse à Folha que a flexibilização das medidas contra a Covid-19 no Amazonas, promovida pelo governador Wilson Lima, tem acontecido de maneira excessivamente veloz e lhe causa preocupação.
“Minhas atribuições municipais continuam sob os decretos. Parques, balneários, áreas comuns, continuamos fechando. Não vejo da forma que está sendo vista pelo estado. Flexibilização muito grande. Precisa ser feita, mas não de forma tão ampla”, afirmou Almeida.
A capital amazonense viveu colapso na rede de saúde em janeiro, com falta de oxigênio para pacientes, e ainda tem cem pacientes na fila por uma vaga nos hospitais públicos; a taxa de ocupação de leitos de UTI exclusivos para Covid-19 é de 88%.
O prefeito também alertou para a falta de controle da nova variante do coronavírus, a P.1, chamada de “variante de Manaus”.
“Esperem o pior. Esperem o que vocês nunca viram. Uma pessoa que ficava dez dias internada agora fica 30. A variante tem muito mais contágio, é muito mais forte, mais resistente ao tratamento. As pessoas ficam mais tempo em UTI, a UTI não tem rotatividade de leito e represa toda a demanda. As pessoas ficam em corredores, macas e ambulâncias.”