A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) cobrou o Ministério da Saúde da Rússia para que envie o relatório técnico da vacina Sputnik V, usada contra covid-19, já que o documento não foi enviado junto com o Certificado de Registro do imunizante.
O relatório é documento fundamental para a avaliação da Anvisa, pois atesta aspectos de qualidade, segurança e eficácia da vacina. “Diante da ausência das informações necessárias para emissão do parecer, a Agência realizou diligência para complementação e esclarecimentos”, diz a nota divulgada pela Anvisa.
O órgão brasileiro ainda justifica que o relatório técnico deve ter fundamentado a decisão da Rússia em liberar o uso do imunizante. No Brasil, a Anvisa analisa 13 pedidos de importação da vacina russa protocolados por 12 estados (Bahia, Acre, Rio Grande do Norte, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Ceará, Pernambuco, Sergipe, Rondônia, Pará e Alagoas) e o município de Maricá (RJ).
“A fim de suprir a ausência de informação, a Anvisa vem envidando todos os esforços necessários junto a autoridades sanitárias estrangeiras”, completa a nota, elencando ações como pedido de reuniões com a pasta da Saúde da Rússia, a EMA (Agência Europeia de Medicamentos) e com o embaixador da Rússia o Brasil, participação das avaliações na OMS ( Organização Mundial de Saúde), entre outras.
Todos os solicitantes foram comunicados pela Anvisa quanto à necessidade de apresentação das informações para que a agência delibere sobre os pedidos, em até 30 dias, conforme prazo legal.