Boselli avalia que errou ao escolher o Corinthians e diz: “Me deve um montão de dinheiro”

Quatro meses depois de deixar o Corinthians, o argentino Mauro Boselli disse que foi um erro a escolha pelo Parque São Jorge. Afinal, segundo ele, nunca conseguiu se encaixar como deveria na equipe.

O centroavante trabalhou com Fábio Carille, Tiago Nunes, Dyego Coelho e Vagner Mancini.

O jogador afirmou que tinha duas propostas do futebol brasileiro, mas não revelou qual era o outro clube.

– Foquei muito no que era o Corinthians como instituição. A qualquer jogador brasileiro que perguntar em qual equipe quer jogar, vai responder Corinthians ou Flamengo. Eu senti isso na hora de tomar a decisão e, talvez, me equivoquei um pouco. Nesse momento, não olhei que forma de jogar tinha a equipe. Ou que estilo combinava melhor com meu futebol. Errei na hora de escolher o clube. Se você me perguntar hoje, eu tomaria a mesma decisão, porque o Corinthians é magnífico. Não somente em relação à estrutura, que é espetacular, mas também à torcida e tudo que move o Corinthians. Meu erro foi na escolha. Eu não me encaixava no estilo de jogo do time. Isso dificultou as coisas para mim – disse o centroavante ao portal 90 min.

De acordo com o jogador, o Corinthians lhe deve dinheiro.

– O Corinthians ainda me deve um montão de dinheiro. Estamos vendo uma forma de poder saldar essa dívida.

A chateação de Boselli não se limita ao campo de jogo ou às finanças. Se sofreu com Carille e teve um respiro com a chegada de Tiago Nunes, mas acabou se lesionando no segundo semestre do ano passado, o argentino também não gostou de sua dispensa ter se tornado pública na série documental “Acesso Total”.

– Obviamente, eu não fui consultado. Ninguém me disse: “Olha, vamos mostrar esse episódio da demissão”. Eu também não esperava que fossem mostrar isso. Mas foi uma formalidade, mais para as câmeras do que pra outra coisa. Eu já sabia, dois ou três meses antes, que não seguiria no Corinthians, quando deixei de ser convocado para as partidas. Me doeu depois. Me dá um pouco de tristeza pela forma como expuseram na televisão. Mas é parte do que é o Corinthians e do que precisam vender para fora do clube. Realmente, não dei muita bola pra isso. Preferia que a reunião não tivesse se tornado pública. Não há por que saírem essas coisas. Mas dou a importância que merece. A decisão já estava tomada há muito tempo – completou.

Para Boselli, o melhor momento no clube foi com a chegada de Tiago Nunes no primeiro semestre de 2020.

– No meu segundo ano no Corinthians, mudou o treinador. Chegou um técnico (Tiago Nunes) que me ajudava muito mais no que eu podia fazer como jogador de futebol, como centroavante. Comecei o ano muito bem. Antes da pandemia, a gente tinha jogado 11 partidas, eu tinha marcado seis gols e dado três assistências. Uma arrancada incrível – explicou.

– Fiquei quase dois meses parado por causa de uma fratura no rosto. Isso me fez perder muito espaço. A equipe oscilou nesse momento. Quando volto e estou bem para jogar de novo, sofro uma lesão no tornozelo, que me deixa mais um mês e meio fora. Essas duas lesões impediram que eu seguisse o ano como tinha começado – encerrou.

Agora, ele se diz feliz no Cerro Porteño, do Paraguai:

– Ao final, foi bom para mim (sair do Corinthians). Hoje o tempo me deu razão. Estou numa equipe em que me sinto cômodo e desfrutando do futebol.

(Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians)

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