Mesmo as pessoas imunizadas podem contrair a doença, ter uma infecção mais leve ou sem sintomas, transmitir o vírus e, até, chegar a morte.
Ainda há pesquisas sendo realizadas, mas organizações e especialistas têm algumas respostas para os casos.
Uma das explicações é de que nenhuma vacina tem 100% de eficácia, segundo divulgado pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
“Diante de um universo de dezenas de milhares de novos casos diários e do aumento gradual, ainda que lento, do percentual de indivíduos vacinados, é esperado que ocorra, cada vez mais casos de infecção em vacinados”, ressalta a SBIm, em nota divulgada.
Pessoas mais velhas
Para Sonia Raboni, infectologista do Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR/Ebserh), em entrevista concedida à Folha de S.Paulo, o grupo de pessoas mais velhas, que têm um sistema imune mais debilitado, pode ter respostas mais fracas à vacina.
Infecção no intervalo entre as vacinas
A SBIm diz que um dos problemas entre os vacinados que contraem a doença pode ocorrer no intervalo logo após a aplicação da vacina, insuficiente para a esperada resposta de anticorpos desencadeada pela vacinação. Ou seja, não houve tempo para impedir a infecção.
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) afirma que cada vacina tem orientações específicas, mas geralmente a resposta imunológica protetora ocorre após 10 a 20 dias depois da segunda dose.
Precauções para os vacinados
A Opas recomenda que as precauções contra a transmissão da Covid-19, como distanciamento social e uso de máscaras, sejam mantidas mesmo por quem já estiver vacinado, até que as pesquisas sejam conclusivas.
Vale ressaltar que as vacinas não causam a doença. O vírus utilizado nas vacinas é inativado – ou seja, não está vivo. Dessa forma, não é possível que uma pessoa se infecte com a Covid-19 por causa da vacina.