Médica autista está à frente de hospital de campanha em Porto Velho (RO)

A covid-19 mantém o estado de Rondônia em alerta vermelho. No Hospital de Campanha Zona Leste de Porto Velho, montado no antigo Cero (Centro de Reabilitação de Rondônia), a médica Larissa Rodrigues Assunção, 26, gerencia protocolos e define pautas técnicas junto ao governo estadual. Uma hora, ela está atualizando prontuários e dando ordens. Dali a pouco, faz uma intubação. Mais tarde, conversa com o secretário estadual da Saúde da cidade. Em carga horária de 80 horas semanais, ela é diretora clínica do hospital e também atende aos pacientes em plantão.

Ser muito jovem para o cargo não é a questão mais importante: Larissa foi diagnosticada com transtorno de espectro autista na infância. A família logo percebeu que havia algo diferente acontecendo. Ela vivenciou bullying e trocou muito de escola: tinha dificuldades de relacionar-se, interagir com colegas e professores, fazer contato visual com alguém. E era, além de tudo, uma criança brilhante.

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