CPI da Covid: Calheiros ameaça prender Wajngarten e diz que ex-secretário mente

Nesta quarta-feira (12), o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid , ameaçou o ex-secretário de Comunicação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Fábio Wajngarten , de prisão. Calheiros disse que vai pedir à revista Veja os áudios da entrevista que gerou críticas a  Wajngarten em relação ao enfrentamento da pandemia de Covid-19 para comprovar se ele está falando a verdade.

De acordo com o relator, Wajngarten teria mentido ao dizer que não tinha conhecimento da existência de um “ministério paralelo”. “Vossa senhoria é a prova da existência dessa consultoria [paralela] porque iniciou essa negociação, dizendo-se em nome do presidente. É a prova. Vossa excelência é a primeira pessoa que incrimina o presidente da República”, afirmou Renan.

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“Eu queria, presidente, sugerir à vossa excelência, requisitar o áudio da revista Veja para nós verificarmos se o secretário mentiu ou não mentiu. Se ele não mentiu, a revista veja vai ter que pedir desculpas a ele. Se ele mentir, ele terá desprestigiado e mentido ao congresso nacional, o que é um péssimo exemplo. Queria dizer que vou cobrar a revista Veja. Se ele mentiu a revista veja e a esta comissão eu vou requerer a vossa excelência na forma da legislação processual, a prisão do depoente”, pediu Calheiros ao presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM).

Em entrevista à Veja , Wajngarten afirmou ter participado de negociações para compra de vacinas e se referiu ao ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, como “incompetente” e “ineficiente”.

Aziz disse que atenderá ao pedido de Calheiros e acredita que “alguém esteja mentindo”. “Vou pedir para requerer à revista Veja, que possa nos dar o áudio da gravação, sem cortes”, declarou o presidente da CPI.

Anteriormente, o relator afirmou que o ex-secretário “exagerou na mentira”. “Hoje, aqui no depoimento. Vossa senhoria citou uma fala da campanha com Otávio Mesquita como modelo de esclarecimento. Mas mentiu para a CPI, porque falava para o Brasil…”, continuou ele até ser interrompido por outros senadores e a sessão ser suspensa.

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