Na Rua Coronel José Galdino, no bairro do Bosque, em Rio Branco, existe um lugar que ficou popularizado nos últimos dias por oferecer um café da manhã caprichado e a possibilidade de deixar os clientes bem informados sobre tudo o que acontece no cotidiano. É o Café com Fofoca, criado pelo empreendedor Marcos Elias Souza de Araújo, de 25 anos.
O espaço montado na calçada da Paróquia Santa Inês não é recente, tem pelo menos 6 anos de história, mas o nome foi dado nos últimos 6 meses pelos clientes que frequentam diariamente o local. O nome emblemático não surgiu do nada.
“Há 6 anos estou por aqui vendendo café. Um dia, meus clientes entraram em consenso sobre qual nome teria o espaço e já me trouxeram o banner com tudo pronto. Aí nasceu o Café com Fofoca. Isso porque nós conversamos sobre tudo aqui, todos os dias. Política, entretenimento, esporte, cultura, o que os políticos estão fazendo nos bastidores, etc”, contou à reportagem do ContilNet.
Marcos aderiu à ideia e resolveu confeccionar até farda para trabalhar. Ele acorda todos os dias, de segunda a sábado, 1h da manhã para preparar a alimentação e levá-la às 5h para a barraca que recebe pelo menos 200 pessoas, diariamente.
Com a venda do café da manhã e do segundo prato que é adquirido tanto quanto o delicioso bolo de macaxeira – a fofoca -, o acreano diz que já conseguiu abrir seu segundo ponto, também no Bosque, onde seu irmão vende os produtos.
“O fluxo aqui é muito grande. A conversa, também, é claro [disse dando gargalhadas]. Eu vivo disso aqui e sustento minha família há 6 anos”, comentou.
Um dos clientes de Marcos é o aposentado José Rebouças, de 75 anos, que é acreano, mas mora em Brasília há alguns anos. Sempre que está de férias e vem ao Acre, o destino de todas é manhãs é certeiro.
“Estou por aqui todos os dias, sempre que estou no Acre, de férias. Não posso deixar de colocar as boas conversas em dia e aproveitar um delicioso café da manhã. Esse lugar é espetacular”, destacou o idoso.
Elias disse que não vê problemas em ter o Café com Fofoca próximo de uma igreja católica – que entende a forma de diálogo em sua doutrina como um pecado.
“O bom é que as pessoas fofocam um pouquinho aqui e conversam com Deus, em seguida, às vezes. Equilibra”, finalizou, em tom de brincadeira.