Após permanecer estável nos 30 metros por nove dias, desde 5 de junho, o Rio Negro começa a baixar em Manaus. Nesta segunda-feira (14), o nível do rio baixou 1 centímetro para 29,99 metros. A marca dos 30 metros em Manaus foi a maior da história desde o início dos registros, em 1902.
Maiores cheias do Rio Negro
- 2021 – 30 m
- 2012 – 29,97 m
- 2009 – 29,77 m
- 1953 – 29,69 m
- 2015 – 29,66 m
- 1976 – 29,61 m
- 2014 – 29,50 m
- 1989 – 29,42 m
- 2019 – 29,42 m
- 1922 – 29,35 m
- 2013 – 29,33 m
Moradores de Manaus enfrentam ruas alagadas e lixo acumulado na região central da cidade de Manaus (AM) — Foto: NELSON ANTOINE/ESTADÃO CONTEÚDO
Cidades em situação crítica
Em praticamente todo o Amazonas, a cheia causa inundações e prejuízos. De acordo com dados da Defesa Civil, mais de 400 mil pessoas estão afetadas. Das 62 cidades, 48 estão em situação de emergência.
INTERIOR: Após bater cheia recorde em 2021, rio Amazonas segue baixando em Itacoatiara (AM)
Em Parintins, por exemplo, o Rio Amazonas já registra a maior cheia da história. Ruas principais da cidade registram pontos de alagamento. Nas comunidades rurais, produtores contabilizam perdas de safras inteiras por conta da inundação das produções.
Em Itacoatiara, o nível do Rio Amazonas baixou para 15,12 metros, segundo o boletim da Defesa Civil divulgado neste sábado (12). Neste ano, o rio atingiu uma marcar recorde de 15,20 metros, a maior já registrada na história da cidade. Apesar da descida no nível do rio, vários bairros da cidade estão com as ruas inundadas desde o mês de março. Por conta disso, comerciantes relatam aluguéis atrasados e mercadorias estragam em contato com a água.
Em Manacapuru, na Região Metropolitana, a cheia também é considerada histórica. O Rios Solimões atingiu a marca de 20,82 metros, superando em quatro centímetros o recorde de 2015. (Veja o vídeo abaixo).
Já em Anamã, a situação é ainda mais crítica. O município, a 165 quilômetros de Manaus, recebeu uma balsa hospital para atender a população depois que a subida do rio Solimões alagou o Hospital Francisco Salles de Moura e os atendimentos foram suspensos. São 9.570 pessoas afetadas.