Em tom de brincadeira, Edvaldo Magalhães propõe criação de CPI da Saúde na Aleac

Desistiu?

Se no início deste ano, o governador Gladson Cameli chegou a se unir ao Consórcio Nordeste para adquirir, por conta própria, mais vacinas para o Acre, na última semana o governador mudou o tom. Depois do imbróglio envolvendo a liberação da vacina russa Sputnik V, Gladson chegou a afirmar que não precisará mais comprar vacinas. Nas contas do governador, somente com as vacinas enviadas pelo Governo Federal, conseguirá imunizar toda a população do Acre.

Quanto mais, melhor

Quem discorda do governador é o médico e deputado estadual Jenilson Leite (PSB). Durante a sessão da Aleac de hoje, o médico pediu que o governador continue na luta por mais vacinas. Nas palavras do deputado, se “tivéssemos vacinas suficientes mais da metade da população já estaria vacinada”. Jenilson também fez um apelo para que Gladson “não caia na ideia de Bolsonaro” de desobrigar as pessoas a usarem máscaras depois de vacinadas. “A situação ainda é preocupante e demanda todos os cuidados necessários”, disse.

Tréplica

Após o aconselhamento do deputado da oposição, Gladson voltou atrás. “Não vou desistir. Acolho a orientação do Jenilson como médico e especialista. Queremos vacinar a população o quanto antes, e vamos fazer isso”, afirmou o governador, que informou ainda que terá algumas reuniões na próxima semana para tratar do assunto.

Cruzeiro/Pucallpa

Menina dos olhos do senador Márcio Bittar, a construção da estrada que vai ligar Cruzeiro do Sul a Pucallpa, no Peru, ganhou mais um defensor, o deputado estadual Roberto Duarte. Se antes, Bittar estava praticamente sozinho nessa batalha, nos últimos dias ganhou o apoio do prefeito de Cruzeiro, Zequinha Lima, e agora do deputado, que convocou o governador a entrar na briga pela estrada. “A responsabilidade de conduzir e promover esse debate é dele (Gladson Cameli)”, afirmou Duarte. De acordo o senador Marcio Bittar (MDB), cerca de R$ 40 milhões já estão garantidos para a execução do projeto.

Críticas

O projeto, no entanto, vem recebendo críticas de ambientalistas e da população indígena que vive no local onde a estrada irá passar. Projetada para atravessar o Parque Nacional da Serra do Divisor, a construção terá que lidar com as questões do impacto ambiental e do impacto cultural e humano, por passar por terras indígenas demarcadas.

Lamparina

Aprovada ontem na Câmara dos Deputados, a medida provisória que viabiliza a privatização da Eletrobras gerou reações no meio político acreano. O deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB), que defendia a permanência da empresa como estatal, criticou a aprovação da MP. “Essa privatização só vai precarizar os serviços e aumentar o preço das tarifas. Preparem as velas e as lamparinas, porque o pobre não vai ter como pagar energia”, disse o parlamentar. O texto aprovado segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro.

ExpoAcre

Foi realizada ontem uma reunião entre Governo e empresários para definir os rumos da ExpoAcre deste ano. A festa, que não aconteceu no ano passado por conta do alto número de infecções pelo novo coronavírus, deve voltar este ano. Do encontro, saiu a decisão que a feira pode acontecer entre os meses de outubro e novembro. Apesar da aceleração no ritmo da aplicação das vacinas, até lá, pouca gente deve estar completamente imunizada com a segunda dose da vacina, o que pode fazer com que a feira seja realizada ainda mais pra frente.

Irregularidade

O vereador do PDT, Fábio Araújo, pediu esclarecimentos ao prefeito Tião Bocalom sobre o aluguel de cinco galpões na Via Chico Mendes. Na sessão de hoje da Câmara de Vereadores, o parlamentar disse ter identificado erros no processo de contratação do espaço, que ocorreu com dispensa de licitação a um valor de R$ 400 mil por mês. Os galpões foram alugados para servirem de almoxarifado para a Secretaria Municipal de Educação.

Andarilho

Após andar bastante por Rio Branco, agora foi a vez do ex-senador Jorge Viana (PT) ir até o interior do Estado. Nas redes sociais, o petista divulgou sua agenda no Alto Acre, que incluiu um encontro com o também petista Jerry Correia, prefeito de Assis Brasil. Jorge relembrou das conquistas realizadas pelo seu grupo político na região, como o asfaltamento da BR-317 e a construção da ponte da integração. “O Acre não pode ser a terra do já teve…”, escreveu.

Luta indígena

Uma manifestação contra o PL 490 – que propõe o fim das demarcações de terras indígenas da forma como é feita tradicionalmente – promovida por grupos indígenas de diversas etnias no Congresso Nacional, em Brasília, terminou em confusão. Para desmobilizar o protesto, policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta contra o grupo. Quem saiu em defesa dos indígenas foi a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB), que estava chegando na Câmara quando presenciou o conflito. “Eles foram recebidos com gás, violência, balas de borracha e alguns foram levados para o pronto-socorro. E nós não podemos permitir isso”. O deputado Léo de Brito (PT) também esteve presente no protesto e, junto com a colega e outros deputados, chegou a formar uma barreira humana para proteger os indígenas da ação da polícia.

No Sul

O governador Gladson Cameli cumpriu agenda hoje na região Sul do país, no estado de Santa Catarina. O objetivo da viagem é trocar experiências e modelos de gestão entre os estados. Que Gladson traga só as coisas boas de lá, já que em questão de política, o governador de SC, Carlos Moisés, não é um bom espelho. Moisés chegou a ser afastado do governo por duas vezes, por conta de processos de impeachment que sofreu, fato inédito na história do país desde a redemocratização. O governador foi absolvido e voltou ao cargo no mês passado.

A volta da CPI

Se na primeira vez que foi proposta, há poucas semanas, a CPI da Saúde não prosperou na Aleac, hoje o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) tentou emplacar novamente a criação da comissão. Edvaldo aproveitou a queixa de deputados da base governista, Marcos Cavalcante (PTB) e Cadmiel Bonfim (PSDB), para propor novamente a criação da CPI, dessa vez com a assinatura deles, para que tivessem seus pedidos atendidos pelo governador. A proposta, que foi feita em tom de brincadeira, foi recebida com bom humor pelos deputados.

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