Como as imagens adquiridas pelo Observatório de Raios-X Chandra da NASA demonstram, uma ‘mão fantasmagórica‘ se estende nas profundezas do espaço.
De acordo com os membros da equipe do Chandra, a ‘mão’ foi criada pela morte de uma estrela gigante em uma explosão de supernova, que deixou para trás um cadáver estelar superdenso e giratório conhecido como pulsar.
Esse pulsar estourou uma bolha de partículas energéticas ao redor de si mesmo, que, quando juntadas aos detritos lançados pela explosão da supernova, resultou na estrutura semelhante a uma mão com 150 anos-luz de comprimento.
MSH 15-52, o remanescente da supernova no centro da mão, está a cerca de 17.000 anos-luz de distância da Terra. De acordo com os membros da equipe do Chandra, a luz da explosão do MSH 15-52 nos atingiu cerca de 1.700 anos atrás, tornando-o um dos mais jovens remanescentes de supernova conhecidos em nossa galáxia, a Via Láctea.
Chandra já havia fotografado a mão anteriormente, em abril de 2009. No entanto, usando as fotos do Chandra de 2004, 2008, 2017 e 2018, um estudo recente deu um mergulho profundo no comportamento da ‘mão’.
A onda de explosão de supernova, que fica na ponta dos dedos da mão, está voando a cerca de 14,5 milhões de km/h, enquanto o material próximo à palma da mão está viajando muito mais rápido, a mais de 17,7 milhões de km/h, de acordo com o estudo, que foi publicado no The Astrophysical Journal Letters em junho de 2020.
“Embora essas velocidades sejam surpreendentemente altas, na verdade representam uma desaceleração do remanescente. Os pesquisadores estimam que, para chegar à borda mais distante do RCW 89, o material teria que viajar em média a quase 48,2 milhões de km/h”, escreveram os membros da equipe do Chandra.
“Essa diferença de velocidade implica que o material passou por uma cavidade de gás de baixa densidade e foi significativamente desacelerado ao atingir o RCW 89.”
Com informações retiradas do site: https://socientifica.com.br/