Preconceitos que ainda existem no universo automotivo

Preconceitos que ainda existem no universo automotivo

Já passaram muitos anos desde que Bertha Benz dirigiu o carro que o marido inventou, em 1888, antes dele mostrar a sua criação ao mundo. Ela foi a primeira mulher a dirigir um veículo, mas ainda hoje, depois de mais de um século, a presença feminina ao volante ainda continua sendo motivo de chacota. Aproximadamente 2 de cada 10 pessoas que dirigem carros usados Volkswagen, bem como os novos dessa marca e de Fiat, Ford, e todas as marcas do mercado automotivo, são mulheres.

Os preconceitos em relação às mulheres e os carros continuam hoje em dia, apesar de todas as mudanças que aconteceram nos últimos anos. Nas ruas tanto quanto nas redes sociais ainda há piadas, memes e frases do tipo “mulher ao volante, perigo constante”. Na internet existem vídeos de mulheres fazendo péssimas manobras para estacionar com carros usados Volkswagen, por exemplo, bem como mulheres indo embora de um posto de gasolina ainda com a mangueira colocada no tanque…

Por incrível que possa parecer, quem procure os mesmos vídeos com homens, não encontrará: na internet há, isso sim, muitas imagens de homens/modelos posando na frente do Volkswagen usados ou dos últimos modelos de veículos a venda no mercado automotivo, Com certeza, os estereótipos de gênero ainda continuam quando de carros e mulheres ao volante se fala.

A importância do carro na vida das pessoas

O carro é símbolo de poder e de status. É um dos maiores desejos dos homens. Já para as mulheres, tanto os usados Volkswagen quanto qualquer outro tipo de veículo é um símbolo de conforto e de segurança. E é justamente isso o que elas procuram na hora de comprar um carro: conforto, segurança e confiabilidade. Elas querem um carro para poupar tempo e também para ter liberdade e autonomia.

Para as mulheres que são mães, o carro representa a possibilidade de levar os filhos para a escola, para os diversos cursinhos, para o clube e para as festinhas de aniversário dos colegas. Além disso, o carro é fundamental para elas fazerem as compras no supermercado, para ir para as consultas médicas e também para o encontro com familiares ou amigos.

No entanto, se falarmos sobre as mulheres de outros países, o carro significa a igualdade de direitos. Por exemplo, só em junho do ano de 2018 as mulheres em Arábia Saudita conseguiram a permissão do governo para poderem dirigir carros. Até isso acontecer, muitas mulheres que brigaram para obter essa permissão acabaram na prisão.

Evidentemente essa é uma situação extrema, mas é verdade que o mundo automotivo continua sendo masculino. Basta observar quantas motoristas de ônibus circulam nas ruas, quantas motoristas de taxi e até de ambulâncias, por exemplo.

Estatísticas de acidentes com mulheres ao volante

As mulheres sempre sofreram com o preconceito no trânsito. No entanto, as estatísticas mostram que elas são muito mais cautelosas dirigindo, mais cuidadores. Segundo essas estatísticas, o 93 % dos motoristas que perderam a vida em acidentes de trânsito durante o ano de 2020 eram pessoas do sexo masculino. Então, matematicamente, o número de vítimas fatais femininas é 16 vezes menor se falarmos de mulheres ao volante.

Definitivamente as mulheres sofrem menos acidentes graves de trânsito justamente por serem cuidadosas e cautelosas: pouco mais de um 60% das mulheres não usa o celular enquanto está dirigindo e pouco mais de um 40% dirigem com as janelas fechadas.

As mulheres procuram carros que ofereçam conforto, é claro, mas olham mais para o equipamento e acessórios de segurança. Elas pensam como mães: procuram segurança não só para elas sentadas ao volante, mas principalmente para todos os outros ocupantes do veículo. Então, é lógico que o número de acidentes com mulheres ao volante seja bem menor do que com homens ao volante!

A maioria das mulheres que dirigem usam o cinto de segurança; já nos homens, a porcentagem é menor, mas se o copiloto for uma mulher, o homem que dirige usa o cinto por indicação dela…

Outro dado importante das pesquisas indica que o número de homens que dirigem alcoolizados é muito maior em relação às mulheres, e que eles são mais agressivos e transgressores, enquanto elas são mais prudentes.

 

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