Acre é o 2º estado do Norte que menos foi prejudicado na expectativa de vida com a pandemia

Publicação internacional mostra que mesmo diante do cenário caótico no país causado pela pandemia, no Acre a diminuição da expectativa de vida de sua população foi uma das menores da região Norte

Enquanto a Covid-19 causou a perda de mais ou menos 3 anos na expectativa de vida dos brasileiros de um modo geral, no Acre essa redução foi menor. É o que concluiu um estudo divulgado pela editora de artigos científicos Springer Nature, uma empresa teuto-britânica especializada em publicações acadêmicas.

Profissional de enfermagem da Unidade Mista de Saúde de Acrelândia; a dedicação dos trabalhadores em saúde aliada às políticas do governo Gladson Cameli permitiram que enfrentamento da pandemia fosse encarado com muita seriedade Foto: Odair Leal/Secom

O estudo mostra que a Covid-19 no Brasil resultou na perda de mais ou menos 3 anos da expectativa de vida de sua população. No Acre, no entanto, a notícia mais favorável é a de que o estado foi o segundo na região Norte a sentir menos, com sua população perdendo pouco mais que 1 ano de vida.

Marcos Lima, do Departamento de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde do Acre Foto: Odair Leal/Secom

Na região Norte, o Acre ficou apenas atrás do Tocantins, onde a redução da expectativa de vida foi de 1.18 ano. No Acre, ela ficou em 1.79.

“Todos os outros [estados do Norte] perderam dois anos ou mais de expectativa de vida”, explica Marcos Lima, epidemiologista da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre).

Calçadão do Colégio Acreano, no centro de Rio Branco, em junho de 2020; no auge da pandemia, população já se precavia contra os efeitos da contaminação, em parte graças aos alertas do governo do Estado Foto: Odair Leal/Secom

Para chegar a esses números, os editores da Springer Nature analisaram a quantidade de mortes na pandemia e mostraram que, mesmo diante de um cenário caótico no país, o Acre foi o segundo estado da região Norte que sentiu menos o número de óbitos.

Profissional da Saúde prepara dose de vacina contra o coronavírus; governo do estado sempre esteve presente nas ações da imunização Foto: Odair Leal/Secom

Isso se dá em razão da forma como o governo do Estado lidou com a pandemia, desde o surgimento dos primeiros casos.

A leitura que faz Marcos Lima é a de que a concentração de esforços no enfrentamento da pandemia, com organização e seriedade, permitiu ganhos formidáveis.

Trabalhador descarrega aeronave com insumos para os hospitais de campanhas instalados pelo governo do Estado para o tratamento de vítimas da Covid-19 Foto: Odair Leal/Secom

“A pesquisa é uma prova que mesmo com as dificuldades que temos, nos organizamos e conseguimos sofrer menos com a pandemia. Se não tivéssemos tido essa organização, poderia ter havido mais casos e, consequentemente, muito mais mortes, refletindo precariamente na saúde do Acre como um todo”, ressalta o profissional.

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